Nota de Pesar

O Clube dos Jangadeiros manifesta suas condolências pelo falecimento do sócio Dr.  Paulo Damiani, que veio a falecer nesta quinta-feira, 27 de agosto.

Associado desde 1985, o médico Paulo participou da Comodoria da gestão do Comodoro Paulo Renato Paradeda. Atuando como Diretor de Parques e Jardins, sempre foi cuidadoso com a criação de novos espaços verdes no Clube, sendo responsável pela plantação e nominação das árvores que estão atualmente nas churrasqueiras e no pavilhão de lanchas.

Agradecemos os anos de carinho dedicados ao Clube, e desejamos força para os amigos e familiares neste momento de dor.

Cruzeirista da Semana | Comandante Thais Lima Oliveira

Cruzeirista da Semana

Comandante Thais Lima Oliveira, do veleiro Dreamy II.

Cruzeirista da Semana Comandante Thais Lima Oliveira, do veleiro Dreamy II.

A Cruzeirista da Semana do Clube dos Jangadeiros é a Comandante Thais Lima Oliveira, do veleiro Dreamy II, um Velamar 24.

Segundo Thais, que é sócia do Clube há dois anos, “a vela representa muito aprendizado, união da família, respeito e dedicação”. A associado conheceu o Jangadeiros após visitar a sede com seu marido, Carlos Belo, que estava à procura de um veleiro para comprar. Nisso, veio o primeiro barco, o Ranger 22 Dreamy.

Confira abaixo a entrevista especial com a Comandante Thais Lima Oliveira:

– Como foi sua chegada no clube?
Meu marido, Carlos Belo, estava olhando barcos para comprar e encontrou o Dreamy no Janga. Fui lá conhecer o barco e me apaixonei pelo clube. A ideia inicial era levarmos o barco para outro lugar, mas pelo nosso calado, não seria possível o acesso. Felizmente, a decisão foi de ficar no Janga e nos associamos!

– O que mais gosta no clube? Quais as melhores lembranças?
O Janga é o clube mais bonito de Porto Alegre, tem uma energia ótima e dá uma paz incrível. Adoro tudo, desde a entrada, sempre somos recebidos com sorrisos pelos funcionários, que sempre são prestativos e educados. As minhas melhores lembranças são dos churrascos com familiares e os eventos no restaurante com os casais de sócios que viraram amigos. Muitas saudades também do evento Janga Sail Talks presencial!

– Quais veleiros já teve?
Tivemos o Dreamy, um Ranger 22 e agora o Dreamy II que é um Velamar 24.

– Eventos de vela que já participou:
Nunca participei de um campeonato para valer, apenas acompanhando os veleiros participantes. O evento que participei: Desfile de 7 de setembro que o Janga organizou, mas houve a participação dos demais clubes também, mais de 20 veleiros, foi lindo!

– Para você, ser cruzeirista é:
Ser livre para sair acompanhando o vento, sem horário para chegar no destino combinado, apreciando a paisagem no caminho.

– Uma grande recordação de velejada:
Foi o passeio do clube com churrasco dos sócios na Praia do Tranquilo. Um evento maravilhoso que espero que se repita mais vezes, pois tive a oportunidade de conhecer vários sócios e confraternizar com amigos queridos.

– O que não pode faltar no barco?
O barco deve ser confortável e funcional para quem veleja, temos que nos sentir em casa! O ideal é se preparar bem para a velejada com alimentos e muita água potável. Equipamentos de segurança e de navegação são fundamentais.

– Quais as principais dicas que você daria para quem gosta de velejar e comprar um barco?
Para quem gosta de velejar, é importante fazer um curso de vela oceânica para ter uma boa noção… Quanto ao barco, começar por um pequeno, até se sentir seguro para ir para um veleiro grande. Para velejar no nosso Guaíba, sugiro optar por um de quilha retrátil, pois facilita nas secas e para se aproximar mais nas nossas praias.

– Lugares memoráveis que gostaria de conhecer e velejar:
Tenho muita vontade de desbravar a nossa Lagoa dos Patos, velejar por Paraty, Caribe, Malta e Croácia.

– Um recado final para os velejadores:
Sou muito nova na vela para deixar recados, mas aprendo muito ouvindo as experiências e conselhos dos sócios velejadores.

Nota de Pesar

O Clube dos Jangadeiros manifesta suas condolências pelo falecimento do sócio e jornalista Flávio Wornicov Portela, que também integrava o tradicional Grupo dos Piranhas do Jangadeiros e, infelizmente, veio a falecer nesta quinta-feira, 27 de agosto. Agradecemos os anos de carinho dedicados ao Clube, e desejamos força para os amigos e familiares neste momento de dor.

Os atos fúnebres acontecem ao longo desta tarde, no Cemitério Jardim da Paz (Avenida João de Oliveira Remião, 1347), com enterro marcado após às 17h.

 

Assista o Janga Sail Talks sobre as Histórias de Navegação na Lagoa dos Patos!

No primeiro episódio de três lives sobre a região, jornalista e historiador Tau Golin compartilhou os detalhes da Lagoa no período Brasil Colônia.

Assista o Janga Sail Talks sobre as Histórias de Navegação na Lagoa dos Patos!

Na noite desta quinta-feira, 27 de agosto, foi realizada mais um edição do Janga Sail Talks Live, bate-papo sobre experiências náuticas promovido pelo Clube dos Jangadeiros.

Em um programa especial de uma série de três lives sobre a Lagoa dos Patos, o primeiro episódio sobre as histórias de navegação na região contou com as informações e detalhes compartilhados pelo jornalista, historiador e professor Tau Golin, falando sobre o período do Brasil Colônia.

Para conferir na íntegra, basta acessar um dos links abaixo:

Confira o relato da última etapa do veleiro Uruguaiana 3 rumo a Refeno 2020

Comandante Henrique Freitas revela os detalhes da chegada da tripulação à Recife para participar de um dos principais eventos da vela no Brasil.

Confira o relato da última etapa do veleiro Uruguaiana 3 rumo a Refeno 2020

Os detalhes da última etapa da navegação do veleiro Uruguaiana 3 rumo à 32ª edição da Regata Internacional Recife-Fernando de Noronha, a tradicional Refeno, foram detalhados no novo relato compartilhado pelo Comandante Henrique Freitas.

Agora, o foco será na participação da Refeno, que tem largada prevista para o dia 10 de outubro, no Marco Zero, no Recife. A regata conta com mais de 300 milhas náuticas, o até o Mirante do Boldró, em Fernando de Noronha. Confira abaixo o Diário de Bordo do Comandante!

Etapa 3 – 27/7 [29] CNC a [16]20/8 | Cabanga: Niterói, Forno, Vitória, Abrolhos, Ilhéus, Camamu, Salvador, Maceió, Recife.

“O veleiro Delta 41, Uruguaiana U3, do Comandante Henrique Freitas, com a brava e paciente (risos) parceria de César Missiaggia e a alegria de Paulo Dariva na perna Vitória-Salvador, por fim chegou ao final da 3ª etapa e está ancorado em Recife. As etapas seguintes serão: a Refeno em si, em 10 a 12 outubro, e depois a volta para casa, a contar de 23 de outubro.”

“O apronto no Clube Naval Charitas, em Niterói/RJ, com apoio bárbaro de Henrique Velloso (do veleiro Gentileza) e do marinheiro Nilo, fantástico, deu-se em 27 e 28 julho, rancho, diesel, faxina, etc., e zarparam em 29/7 para Cabo Frio, praia de Forno. Na chegada, deveriam acessar uma enseada e seus baixios por uma “porteira” numa fortaleza de pedra, mas a feição do mar, do vento e das ondas levaram a tripulação a decidir circundar a região por fora, tendo uma vista esplendorosa de Cabo Frio!”

“Chegando de tardinha na praia do Forno, vazia, linda, uma casinha no canto, uma escadaria de acesso… Ali pernoitamos e ficamos o dia seguinte (30 de julho). Sempre estudando a ‘méteo’, inclemente, com ventos de 35 a 40 nós e com ondas de 4m. Ali, de longe, podia-se ouvir o mar “roncar”!”

“Nos dias 31/7 e 1/8 nos deslocamos a Vitória, antes disso, com muita luta para vencer o Cabo São Tomé. Parecia que o barco lutava com o vento e com o mar e suas ondas enormes, e sobretudo, não avançava. Foi muito cansativo e mesmo tenso. Avistamos uma rede ali, a metros de nós, desviamos a tempo numa manobra ousada.”

“Chegamos em Vitória de noitinha, onde, por sorte, o rádio no VHF 73 de surpresa mostrou um rádio operador atento, chamou-nos já pelo nome, instruiu, orientou para não entrar pelo canal dos navios, mas sim do ladinho: nunca visto antes tal atenção. A entrada, em certo momento, força a gente a dobrar 90 graus em direção a meio entre uma laje e um baixio, e então dobra aqui e ali, e acessa-se a famosa “Curva da Jurema”. Chegamos sem nada notar da região, meio perdidos, meio preocupados, muito escuro.”

“No dia seguinte, acordamos no paraíso! Um astral, uma vida plena! Remos, nadadores, água limpa, pedras lindas, uma vista maravilhosa! Bikes, caminhantes… Dali, surge num veleirinho monotipo, o anjo Edmar! A surpresa ao acordar no local, o astral, o Sheraton! A escola de vela! A poita de água! Tudo tinha. O Edmar se apresenta, já havia designado um aluno para nos ajudar com a água, outro com o diesel, outro com o supermercado. Parecia mesmo um índio de Uruguaiana, hospitaleiro, simples, de fala mansa e boa, generoso, e ainda trouxe pela mão um bote a motor e disse: “vou deixar aqui para vocês, caso precisem!”. Dali do barco se avistava também uma ponte por baixo, da qual passavam lanchas, saídas do clube, o qual, de veleiro, somente pelo outro lado, mas dependendo de maré, horário, etc.”

“Em Vitória, sobe a bordo o Paulo Dariva, vindo de Porto Alegre. Zarpamos para Abrolhos, longe e a 33 milhas náuticas da costa. A chegada é de tirar o sopro até da alma, é magia pura, delicado imaginar que tal exista. Baleias, golfinhos, e mais baleias. Uma natureza exuberante, maravilhosa! Contemplação, chegada bem calma, mas com vento e ondas sempre. No rádio, um veleiro já fundeado do outro lado evoca: “estamos aqui e desejamos amizades!”. (Risos) Ocorre que ele estava mais ao Norte do arquipélago, e a gente, para lá se dirigindo, viu aquele veleirinho caturrando, aparecia inteiro, até a quilha, for a d’água. Não! Ali não vamos fundear, e voltamos ao ponto indicado pelo Gentileza, ali perto da siripa, mas com a onda quebrada pela emenda com a Redonda. Belíssimo dia, azul, passamos bem, fizemos assadinho, contemplação pura, descanso. Dois contatos rádio, rádio farol e Parque Nacional. Esperamos a visita, em vão. Ao partir, uma baleia saltou inteira for a d’água, a 50m de nós!! Uhul! Ali então foi, entre ida e estada, 2, 3, 4 agosto.”

“No dia 5 de agosto, indo a Ilhéus, nosso anzol fisgou um peixão, enorme, pesado, o César ficou maluco! Peixa para lá, peixe para cá, e… uma baleia passa lentamente entre o barco e o peixe, o barco andando a 6, 7 nós. Estávamos a 8, 9 nós quando o César pediu “mata o barco!” O peixe acabou rompendo a linha…foram os percalços e novidades de pesca de corrico: tem que recolher uma vela, cortar eventualmente o motor de apoio, mudar o rumo, gerenciar as ondas altas e o vento que bate de algum lado, forte. Mas tudo isso era a primeira vez que fazíamos.”

“Em Ilhéus, descansamos. A chegada com calma e devagar, muitos pesqueiros, mas bem abrigados atrás de um porto. Realmente, foi uma boa ter parado ali. Assim, quebramos uma noite que seria no mar. Nos dias 6 e 7, então, indo a Camamu, onde ficamos nos dias 8 e 9, perto da pousada Chez Petit, da Patrícia e do Ricardo, que nos receberam muito bem, com camarões e tal. Enfim, ainda na ida a Camamu, o César finalmente teve uma apoteose na sua pesca: fisgou um dourado, lindo, amarelão, cheio de tons, foi bárbaro! Filmamos tudo! E preparamos maravilhas ao forno e mais algumas ‘cositas’. Também, tivemos que jogar baldes de água no convés, ficou todo melecado de peixe (risos). E o forno ganhou duas formas de peixe, cebolas, batatas, temperos, etc. Ficou muito bom.”

“Nos dias 10 e 11 de agosto, fomos a Porto Salvador Marina, onde encontramos o Dominique! Uma figura, gentil, atencioso. O centro, bem no Elevador Lacerda, bastante no prejuízo, com a cidade meio em pandemia e com muita coisa fechada. Nos dias 12 a 14, fomos a Maceió, longe, 2 dias e 2 noites no mar, delicado a gerenciar essa saída de Salvador, não se dava vencimento da corrente contra, das ondas, do mar, do vento, tivemos que dar um longo bordo negativo quase, para entrar mar adentro e daí sim poder os subir. Chegando em Maceió, dia 14, os pescadores te rodeiam, ficas sem bem entender, querem te oferecer carona para terra e peixes. Tem ali a associação de vela, que oferece banho quente e algum outro apoio. Veio perto do barco o “seu Dita”, isso já no dia seguinte, quando estávamos quase levantando âncora. Pediu se tinha ‘cafezinho’. Eu disse: “vou fazer um cafezinho para o senhor!” Ao provar, ele olhou muito para a minha canequinha de estimação, de alumínio, e fulminou: “gostiou mutio!” Na terceira vez que ele repetiu essa frase, não tivemos como resistir, e, embora já tivéssemos presenteado ele com outras coisas, ele ganhou de presente também a canequinha. Um ser do bem, fica bem guardada a caneca. Ao levantarmos âncora, o guincho deu uma falhada, o que por sorte contornamos.”

“Nos dias 15 e 16 de agosto, então, afinal a ida a Recife. Um pouco de saudades de casa, é verdade. Se a gente entrasse em Barra de São Miguel, dali não conseguiríamos avançar, todo povo festeiro lá se reunindo (risos)! Não poderíamos fazer nada a não ser aderir ao movimento! Chegamos, com mais uma noite no mar, atentos ao acesso, um 360 para não jibar, recolher a genoa, e entrar no canal de dentro, do porto, muitas surpresas agradáveis, tudo lindo, bem moderno misturado com o antigo, muita gente cedo passeando, recebemos muitos acenos, muitas selfies foram feitas conosco de fundo. Fundeamos para esperar a maré subir. Meio-dia veio um bote do Cabanga para nos acolher e fazer entrar com apoio. Tudo perfeito.”

“De 16 a 19, o Leo e a Sueli nos acolheram muito bem, o seu Almir do porto e todo seu time bárbaro. O restaurante com cozinha muito boa! As piscinas, não desfrutamos. Mas eram lindas. Infra total, apoio, marinheiro Max, top do top, e pessoal de serviço, Jaque na capotaria, seu João no motor, seu Claudemir na vedação e refixação do guincho de âncora, entre outros. Eusébio no SSB e VHF.”

“Nessa subida toda, foram preciosas as dicas recebidas do Gigante, da Bruna e do Jairo, do Henrique Velloso. A nossa G3 auto-cambante chegou ‘cambaleante’, na parte da saia, a vela de kevlar mostrou que sentiu a viagem. Sentimo-nos seguros em toda viagem, raramente alguma preocupação maior. Na tripula, merece um baita agradecimento o César, incansável no apoio. E os checklists, por ‘Diós’, são fundamentais para que tudo seja feito em segurança. E assim, vai-se aprendendo, a tirar o melhor do barco, a lidar com os pirajás, a vencer o mar, e também em que e como prestar atenção.”

“O uso da vela mestra de Delta 32 foi um fator de sucesso, pois andava-se a 6, 7, 8, 9 nós e mesmo 10 e 11. E sempre bem estabilizado o barco. As sessões ali por 20h, no telão, com o coach Eduardo Bojunga de Oliveira, sobre rotas e ‘passage-plan’ (onde vamos estar em que momento, andando a média tal e partindo a tal hora) e ‘méteo’ e suas evoluções, bem como o que havia se passado, e como se lidou com aquilo, permitiram ir consolidando o aprendizado. As condutas para enfrentar o Cabo São Tomé e depois para sair de Salvador, ainda custaram algumas horas extras de velejada, mas aprendemos a vencer. É fundamental preparar e planejar cada etapa, cada perna, monitorar a ‘méteo’, situações de mar de um lado e vento de outro trazem desconforto.”

“As lições são incontáveis. Usar as poitas, muitas em mau estado, emendar rapidamente cabos para dar conta de uma situação, subir e descer o bote em certas circunstâncias, estudar os ‘passage-plans’, estudar a ‘méteo’ constantemente, passar a perna no rádio, com um mau contato qualquer, costurar a mestra num cantinho que estava se descosturando [a nossa velha, de Delta 32]. Usar escotas da genoa, de bombordo e de boreste, mesmo se com a escota auto-cambante ‘a full’, ajuda a melhor trimar regular as velas. E não que numa certa hora, por alguma razão, a auto-cambante soltou um pino da manilha, mas ficou presa entre as outras 2 escotas que colocamos, por sorte! Testamos algo no nosso controle do bow thruster, tivemos ajuda do Junior Araken, via fone. E sempre ajuda do nosso coach, com quem discutíamos as ações. As poitas, uma novela cada uma delas, algumas em estado deplorável. Usar luvas, ter cuidado, pois é bem fácil se machucar. Saímos ilesos. E aprender também no respeito e no convívio com o outro, na tripula em si. Fundamental. Outro aspecto essencial é o AIS! Mas cuidado com os pesqueiros, a maioria não tem! Enfim, inúmeros aprendizados, preparar antes toda comida da próxima perna, deixar tudo temperadinho, certinho, fechadinho hermeticamente, previsto para toda tripula, etc. E estamos em Recife, prontos para a Refeno!”

Sua Foto no Janga

Sua Foto no Janga -Flavia Howes

O lindo registro do entardecer da Ilha captado pela associada Flavia Howes é o nosso registro do ‘Sua Foto no Janga’ desta semana.

Compartilhe o seu clic com a gente! Mande sua foto no Clube para o e-mail comunicacao@jangadeiros.com.br. As imagens são divulgadas semanalmente nas redes sociais do Jangadeiros.

Rotas de Navegação: Ilha do Barba Negra, um destino pitoresco

Confira algumas das belas imagens e vídeos da velejada realizada pelo Comandante Paulo Angonese, do veleiro Kauana III, pelas regiões da Barba Negra, Morro da Formiga e Ponta Escura.

Destinos de Navegação: Ilha do Barba Negra, um destino pitoresco

Em recente navegada realizada neste mês pelas regiões Barba Negra, Morro da Formiga e Ponta Escura, o Comandante Paulo Angonese, do veleiro Kauana III, compartilhou as imagens e vídeos captados durante o passeio.

Além dos registros, o Comandante também contou os detalhes da velejada, em relato que pode ser conferido abaixo na íntegra:

“O melhor passeio de barco? É o último. Sempre é o último. E o último foi com a Cinthia e a Kauana, final de semana de agosto de 2020. Calmaria, tempo perfeito, ideal para motorar e conhecer recantos para poucos. Passar admirando as praias amarelas da Ponta Escura, cruzar ziguezagueando entre as ilhotas, costear a serrinha, contornar o Morro da Formiga pelo canalete dos pescadores, rumar para Ilha do Barba Negra e colocar a proa na praia na ponta mais norte.

Desembarcar e caminhar pela extensa praia do lado leste, encontrar e subir a duna mais alto bem no meio da ilha, ver a lua nascer, retornar, preparar a fogueira para o luau, curtir o pôr do sol, tacar fogo e brindar com vinho branco gelado. Dia seguinte, acordar, matear, e sem acordar as ilustres convidadas rumar à praia do canto do Morro da Formiga.

Elas acordam ali e um belo de um café da manhã em paisagem espetacular. Levantar ferro, costear a praia do Pimenta, contornar a Ilha do Veado, e voltar com toda a calma. Visitar Ilha do Junco, Ilha das Pombas, Morro do Coco, almoço na Ponta do Cego, e final de tarde volta. Fechou?”

Clique aqui e confira os registros completos do passeio.

Janga Sail Talks Live compartilha as histórias de navegação na Lagoa dos Patos

Nova edição da live do Clube dos Jangadeiros, que terá transmissão no Facebook e Youtube, contará com a participação especial dos comandantes Cristian Yanzer e Tau Golin.

Janga Sail Talks Live compartilha as histórias de navegação na Lagoa dos Patos

Após o sucesso do bate-papo sobre a história da Lagoa Mirim, os comandantes Cristian Yanzer e Tau Golin retornam para uma participação especial na nova edição do Janga Sail Talks Live, que acontece na próxima quinta-feira, 27 de agosto, às 20h.

Com o tema ‘Histórias de navegação na Lagoa dos Patos’, o bate-papo vai compartilhar os detalhes do contexto histórico da região e terá transmissão ao vivo no Youtube e Facebook do Clube dos Jangadeiros.
Para assistir a nova edição do Janga Sail Talks Live basta acessar o canal do Youtube do Jangadeiros ou o Facebook do Clube no horário do evento.

Sobre Tau Golin
Historiador e jornalista. Graduado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mestrado em História do Brasil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, doutorado em História pela PUCRS e pós-doutorado em História pela Universidade de Lisboa.

Mestre em navegação pela Marinha do Brasil e professor de vela pela ISAF – International Sailing Federation (Federação Internacional de Vela). Professor titular III da Universidade de Passo Fundo. Curso de Graduação e Pós-Graduação em História, e no Curso de Comunicação Social. Coordenador do Núcleo de Documentação Histórica e do Núcleo de Pré-História e Arqueologia, do PPGH-UPF.

Autor de centenas de publicações em periódicos e anais de congressos. Autor ou organizador de diversos livros.

Cruzeirista da Semana | Ricardo Bourscheid

Comandante Ricardo de Campos Bourscheid, do veleiro Tanitcs.

Cruzeirista da Semana Comandante Ricardo de Campos Bourscheid, do veleiro Tanitcs.

O Cruzeirista da Semana do Clube dos Jangadeiros é o Comandante Ricardo de Campos Bourscheid, do veleiro Tanicts.

Sócio desde 1985, Ricardo chegou ao Jangadeiros através do primo e também velejador Eduardo Pellanda que, segundo ele, “acabou influenciando toda família a entrar na vela”. Para o Comandante, que veleja há 30 anos, ser cruzeirista “é saber que chegar é bom, mas estar em viagem é melhor. O destino é só a desculpa para a melhor velejada”.

Confira a entrevista especial com o Comandante Ricardo de Campos Bourscheid.

– Quais campeonatos ou eventos da vela que já participou?
Difícil falar, pois participo de campeonatos desde a adolescência. Eu diria que alguns…, mas acho que as competições que mais marcaram foram: 1º lugar campeonato gaúcho ORC Club, Vice Brasileiro ORC Club, Fita azul Troféu Seival e Regata em Solitário.

– O que mais gosta no clube? Quais as melhores lembranças no Jangadeiros?
O que eu mais gosto no clube é a energia de quando você está passando do continente para a ilha. Boas lembranças no clube, é o que mais tenho de lá. Desde as primeiras vezes que íamos toda a família para passar o final de semana, os almoços de domingo (ah o pudim da Milka). As festas do “Quebra tudo” as festas de debutantes, os casamentos, os aniversários, os churrascos. Mas também temos que falar regatas, campeonatos.

– Para você, ser cruzeirista é:
Ser cruzeirista é saber que chegar é bom, mas estar em viagem é melhor. O destino é só a desculpa para a melhor velejada. “Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio… pois na segunda vez o rio já não é o mesmo, nem tão pouco o homem!” – Heráclito de Éfeso.

– Uma grande recordação de velejada?
De Porto Alegre a Rio Grande, com toda família. Uma linda e inesquecível velejada pelo mar de dentro (Lagoa dos Patos) com lua cheia. Fomos de Balão de Itapuã ao canal da Feitoria.

– O que não pode faltar no barco?
Comida, porque quanto mais comida, mais tempo você pode velejar. Parece uma bobagem, mas você sempre fica mais tempo na água do pensava que iria ficar. Velejar é bom, bem alimentado é melhor ainda.

– Quais as principais dicas você daria para quem gostaria de velejar e comprar um barco?
Fale com pessoas de mais experiência, participe do meio náutico. Pegue umas caronas, faça o curso de vela na nossa Escola de Vela Barra limpa. Pesquise, assista alguns vídeos, no Youtube hoje existem inúmeros canais falando sobre o assunto.

– Quais veleiros já teve?
Os veleiros, na verdade, sempre foram da família. O Pinguim (viração), Micro 19 (Tanicts), Laser (Tanicts Jr.), Delta 26 Tanicts, Delta 36 Tanicts.

– Para você, velejar é:
É flutuar literalmente, é uma sensação difícil de descrever, mas quem gosta sabe que o simples fato de estar boiando mesmo com o barco no cais, já é uma satisfação. Velejar é conectar-se com a natureza, desenvolver a sensibilidade de trimar as velas. Velejar é saber que o pirata usa o tapa olho, não porque seu olho é de vidro, mas sim porque está acostumando a vista para noite. Vela significa muitas coisas para muitas pessoas. Se você ama navegar pelo desafio de explorar novos horizontes, a sensação de liberdade, uma conexão com a natureza ou porque você é naturalmente competitivo, há muitas razões para amar o esporte.

– Lugares memoráveis que já velejou?
Rio Guaíba, Lagoa dos Patos e tem os outros locais também, mas de importância reduzida (dizem o gaúcho é bairrista). Travessia New York à Fire Island, com meu pai. Ilha do Arvoredo e Caribe.

– O que a vela representa na sua vida?
O barco é símbolo da travessia, da viagem cumprida. Velejar é relaciona-se à travessia em direção a vida. Antes da quarentena estava exercendo algumas atividades no veleiro, o @navegapoa e @primesail para quem tiver mais interesse pode conferir no Instagram. Agora, em tempos de afastamento social, é uma forma de convivência saudável com os mais próximos. Um enorme prazer e uma imensa necessidade que nos ajuda a superar as dificuldades destes momentos.

– Torce pra algum time?
Torço, mas sou assintomático (risos). Grêmio, até já fui uma vez na Arena para conhecer.

– Recado final para os velejadores:
Olhem menos a previsão de tempo e velejem mais. Ah e levem comida de sobra.
“Se não sais de ti não chegas a saber quem és.
Hás de devolver o viço à planta dos pés.
Hás de correr o risco abandonar o cais.
Içar as velas e apenas ir.
Pois o pior naufrágio é não partir” (autor desconhecido)

Segunda parte da velejada e batimetria pela região sul da Lagoa Mirim foi destaque do Janga Sail Talks Live

Live com a participação dos Comandantes Cristian Yanzer e Paulo Angonese já está disponível nas redes do Clube.

Segunda parte da velejada e batimetria pela região sul da Lagoa Mirim foi destaque do Janga Sail Talks Live

Completando a navegação e o levantamento batimétrico da Lagoa Mirim, o Janga Sail Talks Live realizado na noite desta quinta-feira, 20 de agosto, contou com a segunda parte da velejada pelo extremo sul da região.

No programa, os comandantes Cristian Yanzer (veleiro Vikyng) e Paulo Angonese (veleiro Kauana III), compartilharam as informações e registros da Lagoa. Confira a live na íntegra em um dos links abaixo.