Jangada news. 1º de dezembro de 2017.

Jangada News
Newsletter do Clube Jangadeiros . Porto Alegre . Edição 1º de dezembro de 2017
 
 Chegou o momento de brindarmos a bonita e vitoriosa história de 76 anos do Jangadeiros

Se você ainda não comprou seu ingresso, ainda há tempo. Vamos, juntos, levantar a taça e comemorar um ano de grandes conquistas do Clube neste sábado, no jantar de aniversário, a partir das 20h, no restaurante da Ilha. A programação segue com a Regata de Aniversário e premiação no domingo

O ano de 2017 foi de grandes emoções e de muitas realizações no Jangadeiros. Relembramos o bem sucedido plantio em julho, pelos nossos sócios e comodoria, de 526 mudas nativas na Ilha, a conquista de mais um edital de licitação na Confederação Brasileira de Clubes (CBC) para seguirmos estimulando a Vela Jovem e a garra e o talento dos nossos atletas, em diferentes classes de barcos, que trouxeram para o Janga novos títulos mundiais, nacionais, sul-americanos, sul brasileiros e estaduais.

Os ingressos para o jantar comemorativo, com músicas selecionadas pelo DJ Eduardo Irigaray, estão disponíveis na Central de Eventos ou na Secretaria Administrativa pelo valor de R$ 100,00, sem bebidas.

A programação da tradicional Regata de Aniversário, no sábado (2) e no domingo (3), tem largada prevista para às 13h, envolvendo todos os clubes de Porto Alegre e classes de barco. Domingo, depois das regatas de Oceano e um Velejaço que irá colorir o Guaíba, será o momento de homenagear os vencedores, às 19h30min, também no restaurante da Ilha.

Mais informações sobre as regatas você confere no link:
http://jangadeiros.com.br/wp-content/uploads/2017/11/2017-A-Reg-Aniver-Cdj-76-anos.pdf

 

Manuel Ruttkay Pereira: “A família Jangadeiros sabe receber, sabe fazer e sabe acontecer”

“É comum olharmos para trás quando atingimos determinadas datas ou marcas em nossa existência, fazendo um balanço do período que se encerra. Como exemplo, isso acontence nos finais de ano, nas conclusões de cursos e também em nossos aniversários! Podemos fazer o mesmo com o querido Janga! Em meio ao mar revolto por incertezas no qual insiste em navegar nosso país, nosso maravilhoso refúgio singrou com coragem e chegou em vários portos com segurança e altivez durante o ano que passou! Os recursos financeiros limitados aceleraram a busca de uma administração mais enxuta e propositiva como forma de melhorar as condições de utilização de todas as nossas benfeitorias.

Câmaras de segurança, melhorias significativas na iluminação, incluindo aí trocas de luminárias por outras que propiciam mais economia, aperfeiçoamento do sistema elétrico, aumento do número de torres nos trapiches, padronização de procedimentos no estaleiro e no porto, recuperação de infláveis de apoio, trocas de mesas e cadeiras na área da piscina e cobertura de duas churrasqueiras adicionais foram objetivos atingidos com o esforço de um time de funcionários dedicados e competentes!

E como cereja no bolo, os campeonatos de vela do segundo semestre, principalmente aqueles realizados em novembro, trouxeram alegria, novos campeões e a certeza de que a família Jangadeiros sabe receber, sabe fazer e sabe acontecer quando o assunto é navegar! Imperfeições continuam a existir e sonhos persistem em nosssas mentes pedindo para que se tornem realidade! Temos consciência plena dos desafios que se colocam diante de nós e das nossas limitações, mas confiamos na capacidade de superação do quadro social do Janga e entendemos que sempre deve existir um momento para festejar! Esse momento é agora! Setenta e seis anos de vitórias e conquistas que já pedem um cantinho chamado de Museu do Clube! Feliz aniversário Clube dos Jangadeiros! Que o novo ano traga alegrias e realizações pessoais e institucionais!”

Parabéns a todos!”

Comodoro Manuel Ruttkay Pereira

 

Vice-comodoro Esportivo, Rodrigo Castro (à direita), durante a Semana da Vela, com
o Diretor de Esportes da Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer do
Rio Grande do Sul

 “É hora de celebrarmos a tradição do nosso clube na vela, se ja esportiva ou de lazer, e colocarmos o maior número de barcos na água. Opções não faltam: teremos no sábado regatas das classes Monotipos e para os barcos de Oceano e Cruzeiro teremos a regata em Solitário ou Dupla Mista. No domingo, um grande velejaço para os barcos de oceano e cruzeiro com largada em frente à ilha”

Rodrigo Castro, vice-comodoro Esportivo

 

 Sócio em foco: Luiz Fernando Velasco
“Já plantei uma árvore, fiz três filhos, escrevi um livro e presenciei a construção da Ilha dos Jangadeiros”. Velasco já foi comodoro, escreveu ‘Caminhos da Lagoa dos Patos’, é avô coruja e amante das viagens

Caminhos da Lagoa dos Patos são relatos, cartas náuticas e fotos que funcionam como um manual

 O cirurgião-dentista Luiz Fernando Santiago Velasco, sócio do Jangadeiros há quase 60 anos, tem três filhos e é avô de sete netos. Três deles moram nos Estados Unidos, na cidade de Austin, no Texas: filhos da filha do meio Adriana, João Pedro, Lucas e Alice recebem a visita do avô normalmente na época do Natal, quando faz muito frio em Austin e a família sai em viagem por outras cidades norte-americanas. O filho mais velho, Luiz Fernando, é pai de Gabriel e Helena, e o mais novo, Luis Eduardo (“Fomos obrigados a registar com S, pois o cartório, na época, disse que não podíamos registrar com Z”, conta Velasco), é pai de Leonardo e Marina.

Além de avô coruja assumido, perfeccionista e bem humorado, Velasco também é escritor. Sua obra, Caminhos da Lagoa dos Patos, demorou quatro anos para ser finalizada, pois envolveu muita pesquisa. São relatos, cartas náuticas e fotos que funcionam como um manual para quem veleja para os lados da lagoa. “Foi um sucesso, imprimimos mil exemplares e todos foram vendidos”, comenta cheio de orgulho. Depois da obra impressa, Velasco conta o que passou pela sua cabeça: “Já plantei uma árvore, fiz três filhos e escrevi um livro, me sinto realizado”.

 Velasco acompanhou passo-a-passo a construção da Ilha

O neto de avô espanhol foi comodoro do Jangadeiros durante dois mandatos na década de 80, um seguido do outro. Dessa época, Velasco tem muitas histórias para contar, mas é de um tempo anterior a esse as suas preferidas: “Eu tinha 17 anos quando comecei a frequentar o Jangadeiros. Só existia a parte do Continente, a parte da Ilha estava justamente sendo construída, e eu a vi crescer. Tinha uma lancha pequena do Clube que ía quase que diariamente até o Bairro Serraria para pegar pedras para a construção, demorava um tempão para chegar lá. Vi essa lanchinha chegar carregada muitas e muitas vezes, porque eu estava sempre no Clube com meus primos. Lembro de nomes importantes que ajudaram na obra, como o Geraldo Link, empresário gaúcho bem conhecido, velejador e filantropo que conseguiu muitas coisas para a estruturação do lugar. Foi uma força-tarefa enorme, todos os sócios da época participaram de alguma maneira, um grande feito, não apenas para o Clube, mas para Porto Alegre”.

Hoje, aos 82 anos, Velasco não é mais comodoro, mas é membro permanente do Conselho e membro da Comissão de Ética do Jangadeiros. Segue velejando, mas não tem mais barco. “Velejo com os amigos”, comenta. O cirurgião-dentista já teve o Ucayali, nome de um rio da Amazônia, um veleiro do tipo O’Day 23, famoso por sua estabilidade. Primo em segundo grau de Nelson Piccolo, grande campeão do Hobie Cat mundial, o escritor e ex-professor de duas cadeiras no curso de Odontologia da PUC/RS por 20 anos, gosta muito de viajar e se envaidece quando fala dos muitos destinos que já percorreu. “Ushuaia, na Argentina, capital da Terra do Fogo, foi uma viagem muito especial”, completa.

Luiz Fernando (à esquerda) com os irmãos Antônio e Sérgio

Da esquerda para a direita: com o sobrinho Fernando e o filho Luiz Fernando
e os sobrinhos netos: o
 aconhego da família

Com a filha Adriana, no Texas, e “o nome pintado no chão do Capitólio”, sede do Governo americano

 As Gurias e suas inesquecíveis histórias

Em tempos de aniversário do Clube, a Jangada News conversou com as Gurias do Jangadeiros, um grupo de sócias que se encontra, há cerca de dois anos, no Restaurante da Ilha, todas as sextas-feiras à tarde, e que conhece a história do Clube como ninguém

Da esquerda para a direita: Sonia Szabo, Pupi, Erica Keller, Margit Lamachia,
Adriana Sleutjes e 
Patrícia Kraher


Doces, encantadoras e bem-humoradas, entre uma e outra taça de café, as Gurias contaram passagens divertidas, emocionantes e memoráveis, que talvez nenhum livro tenha registrado. Todas super experts no assunto, elas deram uma verdadeira aula sobre a história do Jangadeiros.

Siegried Schuler
é conhecida por Pupi. Por Siegried ninguém a conhece. Sócia desde que era muito pequena, ela conta que seu pai comprou um chalé ao lado de onde hoje fica o Clube. “Eu vinha veranear nessa casa, pois morava no centro de Porto Alegre e era sempre uma farra, diversão garantida. Minha mãe dizia que íamos para fora, o que significava, na realidade, ir para o Jangadeiros e passar as férias de verão. Leopoldo Geyer, fundador do Clube, comprou um terreno com uma casa do lado do nosso chalé, e essa casa ainda existe, é o Pimenta Rosa, restaurante do Continente. A ideia dele era inaugurar um clube na zona sul da cidade, pois na zona norte ele já tinha fundado um, o Veleiros do Sul, que ficava no Bairro Navegantes. Acompanhei toda a história do Jangadeiros, desde a chegada de Geyer, me sinto parte de todos esses momentos especiais. Sua fundação foi em dezembro de 1941, quando eu tinha 10 anos, lembro muito bem. Tinha um pessegueiro belíssimo por lá, que dava pêssegos maravilhosos na temporada de calor”.

Erica: “Além de ter carregado pedras, os Filhotes também trouxeram
prêmios para o clube como velejadores, fazendo com que o Janga
se tornasse conhecido mundialmente”

“Sou filha do Jangadeiros”, menciona Erica Keller Kessler, que vive, desde que nasceu, numa linda casa quase em frente ao Janga. Ela chama Leopoldo Geyer de visionário e de inspiração, e imediatamente explica o motivo: “Foi ele que criou os Filhotes do Jangadeiros, o que tem de mais importante na história do Clube. Ele reuniu nas redondezas jovens meninos para formar um grupo. Eram cerca de 12. Geyer fez inclusive uma cerimônia para apresentar os adolescentes e convidou jovens da marinha para participarem do evento. Foi lindo, inesquecível. Bem em frente ao clube morava o Orlando, um marinheiro que consertava barcos, e foi nesse terreno que Geyer instalou os Filhotes. Ele construiu um galpão super grande para os jovens se encontrarem, tinha até lugar para eles dormirem caso quisessem. A ideia era fazer com que começassem a participar do mundo da vela, já que desde o início a proposta de Leopoldo era construir um Clube focado nesse esporte.

A turma dos Filhotes acabou sendo, por muito tempo, os dirigentes do Janga. Geyer pensou longe, encaminhou esses guris para que levassem adiante o seu sonho. E de fato deram continuidade. Eles participaram ativamente da construção da Ilha, feito que levou uns quatro anos para terminar, mas que quando terminou encheu de orgulho todos os que ajudaram. Junto dos sócios e funcionários, os adolescentes, que na época já não eram tão adolescentes, carregaram pedra por pedra num trabalho árduo, mas muito gratificante.

Além de ter carregado pedras, os Filhotes também trouxeram prêmios para o clube como velejadores, fazendo com que o Janga se tornasse conhecido mundialmente. Kurt Keller, por exemplo, importante velejador de Snipe na década de 50, conseguiu trazer para o Clube um importante campeonato mundial de Snipe. Foi o primeiro mundial de snipe que aconteceu abaixo da linha do equador, o que fez com que nosso Clube ganhasse fama de excelente anfitrião”. 

    À esquerda, de blusa branca, Aimée Soares, logo acima, Erica Keller,
e sentada à direita, 
Margit 
Lamachia 

Margit: “Ali onde hoje fica a Escola de Vela Barra Limpa tinha uma pequena praia, a gente ía até lá com cadeiras, guarda-sol e brinquedos”


Margit Lamachia também é parte da história do Jangadeiros e adora dividi-la: “O Clube sempre foi a extensão da nossa casa, pois minha vida era colégio e Janga desde muito pequena, e tenho muito orgulho disso. Sempre aproveitei muito: ali onde hoje fica a Escola de Vela Barra Limpa tinha uma pequena praia, a gente ía até lá com cadeiras, guarda-sol e brinquedos, e quando chegava era uma festa. Lembro também da primeira regata feminina que Leopoldo Geyer promoveu no Clube. Eu participei, pois velejava de snipe.

Competi com muita gente afiada, mas venci e o prêmio foi um porta pó-de-arroz dourado belíssimo que guardo comigo até hoje. Geyer ficou tão entusiasmado que disse que ía instituir a Taça Margit. Outra lembrança são as quermesses que organizávamos no Clube, eram sempre um sucesso. Pessoas que não eram sócias também podiam entrar, pois o objetivo era arrecadar q maior quantidade de dinheiro possível para que os velejadores participassem de campeonatos fora do Janga. Tinha banquinhas de comida, de tiro ao alvo e de pescaria, era ótimo, momentos especiais”.

Aimée Soares, sócia desde 1942, conhecedora orgulhosa da história do Clube

 

Aimée: “Quando tinha 6 anos, passei um mês de fevereiro inteiro
veraneando no Clube e fui muito feliz lá”

No time das Gurias também tem Aimée Soares, uma senhora cativante que conhece o Jangadeiros como a palma da sua mão. Sócia desde 1942, ela guarda na memória histórias incríveis e compartilha algumas com a Jangada. “Quando tinha 6 anos, passei um mês de fevereiro inteiro veraneando no Clube e fui muito feliz lá. Hoje em dia pode parecer estranho falar em veraneio no Janga. Acontece que, quando fundou o clube, Leopoldo Geyer adquiriu a chácara da Rua Ernesto Paiva, 139, que era local de veraneio da família Wahrlich. A casa existente passou a ser a sede do Jangadeiros.

Posteriormente, foi adquirida a chácara vizinha, à esquerda de quem entrava no clube, e alunos tinham também uma linda casa. Pois esta segunda casa ficava à disposição dos sócios que quisessem veranear. Era espaçosa, com muitos quartos onde várias famílias podiam hospedar-se simultaneamente. Lugar tranquilo e bonito à beira do Guaíba. Muito brinquei na beira do rio, puxando um barquinho que ganhara de meu pai. As refeições a gente fazia no Jangadeiros e eu passava o tempo todo na rua, brincando e aproveitando para fazer novos amigos. Nunca mais esqueci daquele verão. Também recordo com carinho da campanha Compre 1m² de Piscina, que foi muito bem sucedida.

Tratava-se de ajudar financeiramente o Clube para que a piscina da Ilha fosse construída e os sócios pudessem aproveitá-la. Aliás, muita coisa na nossa Ilha foi feita com base na colaboração dos associados. Por exemplo, os sócios doaram também grande parte das pedras do enrocamento da Ilha. Cada batelão de pedras, que era trazido de uma pedreira na Ponta Grossa, custava um tanto, e os sócios pagavam o valor”.

 Marga Paradeda: “Amo o Janga de paixão”

Marga: “Lembro com muito carinho da super festa de 50 anos do Janga que ajudei a organizar. Mais de mil pessoas compareceram, teve apresentação da orquestra da OSPA e de um dos ícones da Bossa Nova, Toquinho”


Outra associada que traz alegria para as tardes de sextas-feiras é Marga Paradeda, esposa de Marco Aurelio Paradeda, mãe de Rafael e Andréa Paradeda e tia e madrinha do multicampeão de Snipe Xandi Paradeda. Marga tem muitas histórias para contar, pois frequenta o Janga desde que nasceu, mas tem uma que faz brilhar seus olhos mais do que as outras: o dia do seu casamento. “Foi velejando no Clube, na classe Pinguim, que conheci Marco. Namoramos por oito anos, ficamos noivos por um e finalmente nos casamos, em 9 de dezembro de 1969, uma terça-feira.

Nossa festa não poderia ser em outro lugar, tinha que ser no Jangadeiros, pois nossas vidas sempre tiveram entrelaçadas com o Clube e com a vela. Até o patrono e fundador Leopoldo Geyer, foi no nosso casamento e nos deu um presente lindo. Foi um momento inesquecível, temos belíssimas fotos daquele dia. Depois vieram os filhos, Andrea e Rafael, que deram continuidade a nossa história no Clube. Andrea velejava de Optimist, e Rafael de Pinguim, de Laser e de Snipe. Agora o Rafael foi eleito para fazer parte do Conselho Deliberativo do Clube.

Na verdade quem me ensinou a gostar tão intensamente do Janga foi meu pai, Edgar Siegmann, que foi comodoro e me levava para brincar lá enquanto trabalhava. Eu adorava. Morávamos na mesma rua do Clube e ainda hoje moro nas proximidades. Outro momento que lembro com muito carinho foi a super festa de 50 anos do Janga que organizei ao lado do Marco e da grande comodoria. Meu irmão Werner Siegmann foi um grande parceiro na roganização. Mais de três mil pessoas compareceram, houve apresentação da OSPA e de um dos ícones da Bossa Nova, Toquinho.Eu amo de paixão o Jangadeiros”.

 Casamento de Marga e Marco Aurélio Paradeda: comemorado no Clube
com a presença do patrono Leopoldo Geyer

Leila Beatriz Schultz também participa dos encontros das Gurias do Jangadeiros. Sócia desde 1974, dentre uma vida de histórias para contar sobre o Clube, Leila narra uma do tempo em que velejava de snipe: “Um belo dia, saímos para velejar. Estávamos Tânia Sudbrack, Nelson Pena e eu. A ideia era dar uma volta pelo Guaíba, mas eis que o tempo muda consideravelmente e os nossos planos de apenas dar uma volta literalmente foram por água abaixo. Numa virada de bordo, eu caí na água, e naquele tempo não existiam roupas apropriadas para velejar, a gente usava as roupas do dia-a-dia. Caí na água de slack, que era uma calça jeans, e uma blusa de lã. Sorte que eu sabia boiar, pois fiquei dentro do Guaíba um bom tempo, subindo e descendo, até que o Nelson conseguisse virar de bordo para me resgatar. E o que fez ele demorar para chegar até mim foi o  casaco da Tânia que ficou pendurado no mastro. Quando Tânia conseguiu se desprender, Nelson pôde virar de bordo e me resgatar. História com final feliz”.

Momento de apagar as velinhas para Erica Keller (no centro): ao seu lado direito,
Aimée Soares, e esquerdo, Leila Schultz

Patrícia Kraher, Adriana Sleutjes e Sonia Szabo também participaram do papo e foram unânimes em comentar histórias divertidas e inesquecíveis sobre a participação do Clube em Desfiles de 7 de Setembro, nos quais os sócios íam uniformizados com peças de roupa que estampavam o logotipo do Clube. De acordo com elas, eram momentos sempre animados, os quais lembram com muito carinho. As Gurias também relembraram dos muitos bailes de Carnaval que participaram juntas representando o Jangadeiros. “Fazíamos blocos, era muito bom”, destaca Sonia.

O que todas as Gurias, em comum acordo, comentaram a todo o momento foi: “Queríamos ver o Jangadeiros crescer, sempre tivemos um amor muito grande por ele”. O Janga cresceu e hoje é um dos mais importantes, prestigiados e tradicionais clubes náuticos do Brasil, enchendo de orgulho seus sócios.

Como nasceu o Jangadeiros

Mais uma vez, o sócio Claudio Aydos relembra a história do janga. Sua ligação com o Clube começou aos 13 anos e dede lá vive intensamento cada pedacinho da história do Clube. Convidamos a todos a saborear seus ricos relatos

O Clube dos Jangadeiros foi fundado em 7 de dezembro de 1941, ao final de um ano em que Porto Alegre fora assolada pela maior enchente da história do rio Guaíba. A ideia de sua fundação nasceu da inspiração do Sr. Leopoldo Geyer que liderou um pequeno grupo de apreciadores da vela que residiam na zona sul e que se ressentiam da falta de um clube de vela na região.

Em novembro de 1941, Leopoldo adquiriu a chácara onde está situada a sede do continente e então saiu à procura de sócios para a criação dos Jangadeiros. No dia 7 de dezembro daquele ano foi festivamente fundado o Clube, contando já então, com 98 sócios fundadores.

Hoje, o clube tem muitos sócios e, em dezembro está completando 76 anos de profícua existência, com uma trajetória brilhante no esporte da vela, tendo conquistado, ao longo desse tempo, vários campeonatos nacionais, sul-americanos e mundiais e tendo, inclusive, participado de 7 olimpíadas. Além disso, organizou e sediou 4 campeonatos mundiais de vela, além de inúmeros sul-americanos e brasileiros.

É em função desse invejável acervo de realizações e conquistas que o Clube dos Jangadeiros é hoje, conhecido e respeitado no circuito mundial do iatismo.

   Visionário: chácara comprada por Leopoldo Geyer para fundar o Jangadeiros

 

O emocionate momento de inauguração do Janga em dezembro 1941, pelo prefeito de Porto Alegre, José Loureiro da Silva, ao final de um ano em que a capital foi assolada pela maior enchente da história do Guaíba

 A construção da Ilha

“Tenho certeza, entretanto, que a grande maioria das pessoas que hoje caminham despreocupadamente pela nossa ilha, não tem a mais pálida ideia das dificuldades que tiveram que ser superadas. Eu, de minha parte, quando piso o seu solo, o faço quase que respeitosamente, pois sei perfeitamente o quanto de trabalho tem em cada metro
quadrado de sua área”

O sucesso do Campeonato Mundial de Snipe de 1959 provocou tal crescimento do esporte da vela no Clube dos Jangadeiros, que ficou evidente a necessidade de ampliação do seu espaço físico.
Há quase 57 anos, em dezembro de 1960, a diretoria mostrou ao Conselho Deliberativo essa necessidade, ao mesmo tempo em que alertava ser impossível crescer via aquisição das chácaras lindeiras, face aos preços exorbitantes pedidos.

Mostrou-se, então, ao Conselho que o indicado seria colocar em prática uma antiga ideia do nosso Patrono, Leopoldo Geyer, que era a construção de uma ilha. Esta solução seria o ideal, pois além de garantir a ampliação da área, proporcionaria, também, um ancoradouro com águas abrigadas para receber uma futura flotilha de barcos de oceano e cruzeiro.

Na ocasião, foi apresentado ao Conselho um primeiro esboço, muito rudimentar, de como seria a nossa ilha, acompanhado de uma bela explanação das ideias que a diretoria tinha sobre o assunto.
O Conselho entusiasmou-se com as ideias apresentadas e deu “luz verde” para que a diretoria prosseguisse com os estudos necessários para a realização desse projeto.

Então, depois de um intenso trabalho burocrático e de inúmeros contatos com técnicos e especialistas no assunto e com autoridades municipais, estaduais e da marinha, no dia 5 de abril de 1962, em uma histórica reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, a diretoria pôde apresentar o projeto da Ilha dos Jangadeiros constituído por um dossier contendo plantas baixas, cortes e detalhes como altimetria da ilha e até uma batimetria da área atingida pela obra e seu entorno. Além disso, havia um extenso memorial descritivo e, para arrematar, uma lindíssima maquete.

Após uma minuciosa explanação do projeto e dos questionamentos de alguns conselheiros, prontamente respondidos pela diretoria, o Conselho Deliberativo aprovou o projeto de construção da ilha, e mais, colocou-o como plano a ser seguido por todas as diretorias seguintes. Foi um dia glorioso para todos os envolvidos com a ideia da ilha.

Desse dia em diante, foram praticamente dois anos de andanças atrás de pareceres, despachos e licenças para aprovação do projeto junto aos poderes municipal, estadual e federal, além de providências administrativas e logísticas, até o início efetivo das obras, pois somente no começo de 1964 foram colocadas as primeiras pedras do enrocamento dos molhes de proteção do ancoradouro. 

“Havia, na época, um pequeno grupo de sócios (que felizmente aumentava a cada semana), cujo esporte favorito, durante meses, era “jogar pedras n’agua”, ajudando os dedicados funcionários do clube a descarregar os dois batelões semanais, com 45 a 50 metros cúbicos de pedra cada”.

Enfim, depois de muito trabalho, nossa ilha ficou pronta e aí está, cada dia mais bonita, encantando a todos os que nos visitam e àqueles associados que disfrutam regularmente as belezas de nosso clube.Tenho certeza, entretanto, que a grande maioria das pessoas que hoje caminham despreocupadamente pela nossa ilha, não tem a mais pálida ideia das dificuldades que tiveram que ser superadas. Eu, de minha parte, quando piso o seu solo, o faço quase que respeitosamente, pois sei perfeitamente o quanto de trabalho tem em cada metro quadrado de sua área. 

Jantar do Cruzeirista:
Entrega do Prêmio Cruzeirista CDJ 2017 ao velejador mais destacadoO encontro de final de ano dos Cruzeiristas vai ser de fortes emoções, pois o prêmio Cruzeirista CDJ 2017 vai ser entregue ao velejador mais destacado, como forma de homenageá-lo. Foram 27 eventos que contaram com a participação de mais de 250 pessoas e 59 embarcações. Sucesso absoluto. A comemoração vai ser na quinta-feira (7), no Restaurante da Ilha, às 20h.

Encontro sempre animado dos Cruzeiristas em 2017: Andre Serafini, Claudio Pena,
Henrique Freitas, Ivan Sperb e Cristian Yanzer

Também vai ser noite de revelar os planos para 2018 e fazer um relato bem detalhado de todas as atividades realizadas em 2017. Dentre as propostas para o próximo ano, estão as velejadas na lua cheia, cruzeiraço, palestras e brechó náutico. O ingresso do jantar, que pode ser adquirido no restaurante da Ilha por R$ 65,00 sem as bebidas, dá direito a uma camiseta que será entregue na noite do evento. 

 

“O jantar será a última atividade do calendário dos Cruzeiristas. Uma grande confraternização. E o prêmio Cruzeirista CDJ 2017 é uma distinção ímpar e de reconhecimento pela contribuição dos velejadores ao ambiente e à vela de cruzeiro”

Henrique Freitas,
diretor de Oceano/Cruzeiro

 

Mais títulos para o Jangadeiros!

O Clube é Ouro e conquista os três primeiros lugares no Estadual da Classe Snipe Fevers 2017!

Logo depois do grande momento que foi a Semana da Vela no Jangadeiros, o Clube sedia mais um importante competição e sai vencedor nos três primeiros lugares da tradicional classe Snipe e é vice na classe 470 do Campeonato Estadual da Federação Gaúcha de Vela (Fevers) 2017

Gabriel Kieling e Átila Pellin, dupla campeã no Estadual de Snipe, recebendo o troféu
das mãos de Dedá e Pedro Pesce

Foram seis regatas em três dias de competição de eventos instáveis, chuva e sol, bom índice técnico e muita garra dos atletas. Nossa dupla Gabriel Kieling, o Bolinha, e Átila Pellin sagraram-se os grandes campeões do Snipe e foram merecedores do primeiro Troféu Rotativo Carlos Henrique de Lorenzi. Uma emocionante homenagem ao Dedá, histórico campeão brasileiro e mundial do Snipe em 67, Ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, atual Juiz Nacional de Regatas e sócio do Jangadeiros desde a década de 50.

O 2° lugar ficou com Fernando Kessler e Guilherme Medaglia que, além de premiado atleta assina a criação do Troféu Rotativo, e o 3° foi conquistado pelos campeões mundiais Júnior e também do Sul Brasileiro de Snipe 2017, Tiago Brito e Antônio Rosa. E para completar o pódio da classificação geral foram premiados em 4º lugar a dupla do Veleiros do Sul, Henrique Dias e Vilnei Goldmeier, e em 5º Carlos Felipe Hofstaetter e Chistian Hofstaetter.

Na classe olímpica 470,a dupla vencedora é Geilson Mendes e Gustavo Thiesen, do Veleiros do Sul, seguido pelas nossas atletas Fernanda Oliveira e Ana Barbachan, e em 3º, a dupla Ignacio Varisco e Frederico Garcia, do Club Náutico San Isidro e Yach Clube Argentino.

Parabéns atletas !!! 

“Foi um campeonato preparatório para o Brasileiro que vai acontecer aqui no Clube em janeiro. Este Estadual foi duro, com bastante vento, condições similares do que será o nacional.
Foi importante estarmos velejando juntos porque depois do mundial que corremos não estávamos conseguindo treinar. Foi uma competição maravilhosa, conseguimos velejar bem, treinar manobras e conquistar o título. Também teremos o Sul Americanos em Porto Alegre e a preparação para as duplas mistas do Pan-Americano”.

 

   Gabriel Kieling e Átila Pellin, campeões estaduais da classe Snipe 2017

 

“É uma grande satisfação podermos homenagear o Dedá colocando o seu nome no Troféu Rotativo do Estadual de Snipe. Este troféu chega no
momento certo, porque ele faz parte da história do Snipe do Jangadeiros e do mundo.
Nosso Clube tem tradição de conquistar
grandes títulos na classe. Parabéns Dedá, você nos orgulha e tem sido muito importante nos inúmeros campeonatos no quais és juiz”

Pedro Pesce,
comodoro Administrativo

 

  “Este troféu que a classe Snipe me oferece é muito significativo, eu fico muito
comovido e 
  agradecido ao pessoal, porque sou oriundo da classe onde
   naveguei e tive o prazer de trazer títulos aqui para o Jangadeiros”.

   Carlos Henrique de Lorenzi, o Dedá

 

Confira a súmula completa aqui:

http://jangadeiros.com.br/wp-content/uploads/2017/11/Estadual-Snipe2017-final.pdf 

 

Ana Barbachan (na foto) conquistou o 2º lugar na classe 470,
ao lado de Fernanda Oliveira

No Snipe, o 2° lugar ficou com Fernando Kessler e Guilherme Medaglia

 

Os campeões mundiais Júnior de Snipe e também do Sul Brasileiro de 2017,
Tiago Brito e Antônio Rosa, conquistaram o 3° lugar no Estadual da Fevers 

Rodrigo Aquino, Coordenador da Escola de Vela Barra Limpa, e Carlos Henrique De Lorenzi. O troféu do Campeonato recebeu o nome de Dedá, homenagem e reconhecimento a esse campeão
brasileiro e mundial de Snipe em 1967 

Guilherme Medaglia, além de ter conquistado o 2º lugar no Snipe foi o responsável pela criação do Troféu Rotativo que levou o nome de Dedá 

 

Sócios elegem 1/3 do
Conselho Deliberativo do Clube

A Assembleia Geral Ordinária para a renovação de 1/3 do Conselho movimentou o Jangadeiros no último sábado. Compareceram para votar 190 sócios das categorias Proprietário, Proprietário Ilha, Contribuinte e Aspirante.

Bem-vindos novos conselheiros!

Os 15 eleitos, sendo 10 efetivos e 5 suplentes, número que corresponde a 1/3 do Conselho, ficam no cargo até 2020, completando um mandato de dois anos. No total, o Conselho é composto por 30 membros efetivos e 15 suplentes, e somam-se a eles, sócios beneméritos (em caráter vitalício), ex-comodoros do Clube e também ex-presidentes do Conselho que tenham cumprido pelo menos um mandato integral.

 

 

“O Conselho Deliberativo representa o
quadro social do Clube. Essa renovação
de 1/3 que acontece todos os anos é
muito importante, pois traz pessoas
novas com ideias novas e diferentes.
É uma mudança completa que só oferece coisas positivas.”

Paulo Renato Paradeda,
Presidente do Conselho Deliberativo

 

 

 

 

Confira a lista dos eleitos:

EFETIVOS

Adriano Teixeira Kneipp

Aleksander Sagebin de Vasconcellos

Danilo Neumann Sant´anna

Enio Leite Casagrande

Luiz Eduardo Paradeda

Luiz Stevo Pejnovic

Rafael Siegmann Paradeda

Ricardo Buiano Hernnig

Marcelo Bernd

Wagner Michael Pereira

SUPLENTES

Alexandre Alvarez Gadret

Claudio Luiz Vieira Correa de Oliveira

Nelson de Moraes Maisonnave

Paulo Doring Vier

Renato da Costa Brito

 

Ian Paim, Breno Kneipp, Guilherme Plentz
e João Emílio Vasconcellos voltam a defender a camisa do Janga

Em pleno ritmo de competição, nossos atletas da classe 29er, Ian Paim e Breno Kneipp, se preparam agora para enfretar o Mundial da Juventude 2017, em Sanya, na China, de 9 a 16 de dezembro.

No mesmo período, Guilherme Plentz, na classe RS:X, e João Emílio Vasconcellos, na Laser Radial, representam o Clube na V Copa Brasil de Vela, em Ilhabela, São Paulo.

Grandes competições, grandes atrletas. Vamos torcer muito por vocês !!!

Breno Kneipp e Ian Paim representam o Jangadeiros
no Mundial da Juventude, na China

João Emílio Vasconcellos rumo à Ilhabela para competir na Laser Radial 

Guilherme Plentz vai competir na V Copa Brasil de Vela, categoria RS:X

JANGA NA IMPRENSA

Zero Hora, 27 de novembro

Notícia: Estadual de Snipe e 470

 
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