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1940: a primeira década do Jangadeiros

A criação do Clube dos Jangadeiros foi fruto da força de vontade e do idealismo do nosso patrono Leopoldo Geyer. Ao longo dos anos, o CDJ passou por ocorrências marcantes e, com a ajuda do sócio Cláudio Aydos, reconstruímos um pouco dessa história, passando década por década, até chegarmos ao 75º aniversário. De hoje até o mês de dezembro, recordamos cada um desses momenos e seus principais personagens.

Década de 1940

Comodoros: Leopoldo Geyer, Carlos Fleck, Amadeu Maisonnave, triunvirato com Luiz Heinz Hony, Alfredo Steiner e HelmuthSpieker, João Rodolfo Bade.

Presidentes do Conselho Deliberativo: Alberto Dubois Aydos, Antônio Vieira Pires, Leopoldo Geyer e José Antônio Aranha.

1941

Uma grande festa marcou a fundação do Clube dos Jangadeiros, no dia 7 de dezembro de 1941. Na oportunidade, o CDJ contava com 98 sócios-proprietários.

Quintal e pomar da chácara adquirida por Leopoldo Geyer. O cata-vento permaneceu por muitos anos

Quintal e pomar da chácara adquirida por Leopoldo Geyer. O cata-vento permaneceu por muitos anos

1942

Ano cheio de movimentações e desenvolvimento para o Clube. Ocorreu a construção de um pavilhão para que fossem guardados os barcos e material náutico, de uma sala de navegação e do vestiário masculino, onde hoje se encontram a secretaria, a loja EquinauticWear, parte da loja Equinautic e parte da sala da Genôa.

Também teve início a obra de adaptação da casa existente na propriedade, para servir de sede ao Jangadeiros. Mas a ampliação não parou por aí. Aconteceu ainda a construção do trapiche de 60 metros, em concreto armado, e de uma cancha de vôlei.

Para comemorar o primeiro aniversário, foram batizados os cinco barcos da classe Sharpie 12m2: Icó, Baturité, Ipú, Aracati e Poti. Por muito tempo, eles foram flotilha de competição do Clube.

O prefeito de Porto Alegre, José Loureiro da Silva, percorre o trapiche do Clube dos Jangadeiros após inaugurá-lo

O prefeito de Porto Alegre, José Loureiro da Silva, percorre o trapiche do Clube dos Jangadeiros após inaugurá-lo

1943

A ampliação continuou com a aquisição da chácara contígua, de propriedade da família Moreira. Também iniciou a obra para aumentar o pavilhão e oferecer aos sócios mais vagas para barco, além de local para um secador de velas (na época, elas eram feitas de algodão).
Atualmente, o salão de festas e o espaço gourmet ocupam a área.

As construções de 1943 incluem ainda duas canchas de tênis e uma rampa para a colocação dos barcos na água. Foi ainda neste ano, que o Clube introduziu a classe Jangadeiros, com a construção do “Rajada”, do dr. Alberto Aydos“Chegamos a ter oito unidades desta classe de barcos, os quais serviram de escola para muitos garotos do Clube”, conta Cláudio Aydos.

O Gaivota, classe Jangadeiro de Zoltan Kallai, é lançado à água

O Gaivota, classe Jangadeiro de Zoltan Kallai, é lançado à água

1944 a 1946

Como a maioria dos sócios-fundadores eram pessoas de mais idade e não tinham barcos, este foi um período de intensa atividade nos esportes terrestres, a exemplo do tênis e do vôlei. Foram realizados grandes torneios, sempre apoiados por um expressivo número de associados.

1947

Preocupado com o futuro do esporte da vela no Clube e considerando que entre os fundadores havia poucos velejadores, Leopoldo Geyer decidiu criar, em 19 de outubro, os “Filhotes do Jangadeiros”.“Era uma espécie de clube paralelo, com sede e administração dos próprios Filhotes, que eram filhos de sócios e outros meninos da redondeza. Foi, como se verá mais adiante, uma grande iniciativa do ‘seu’ Leopoldo”, relembra Cláudio.

Velejaço dos 75 anos do Jangadeiros é marcado por companheirismo e tempo bom

As temperaturas amenas da primavera criaram as condições ideais para que o Velejaço dos 75 anos do Jangadeiros fosse um sucesso. Partindo do Clube na manhã ensolarada do último sábado (8), os cruzeiristas foram até o Araçá, local em que pernoitaram. Afinal, nada mais marcante na classe do que o espírito aventureiro.

“O pessoal foi chegando, desembarcando, todo mundo feliz, confraternizando, que é o que importa. Os funcionários recebendo os cruzeiristas, a passagem pronta, uma caipirinha”, descreve Pedro Boletto, Diretor de Cruzeiro do CDJ. Além disso, não houve nenhum imprevisto que pudesse causar grande preocupação ou estragar um momento único de lazer.

Conforme lembra Boletto, São Pedro foi, mais uma vez, amigo dos cruzeiristas. Se a previsão era de tempo feio, vento forte e chuva para o sábado de manhã, a experiência foi exatamente a contrária: o tempo abriu, o vento diminuiu – praticamente parou – e o sol apareceu. No domingo, o clima ficou ainda melhor, com o rio parado e calor mais intenso.

Uma oportunidade e tanto para celebrar o companheirismo construído ao longo dos anos, especialmente em um evento dedicado também para comemorar o 75º aniversário do Jangadeiros, um refúgio de incontáveis histórias. Agora é esperar que São Pedro siga amigo dos cruzeiristas também nas próximas edições.