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76º Aniversário foi também momento de agradecer as grandes conquistas

Orgulho e sentimento de dever muito bem cumprido, são as melhores palavras para representar o Jangadeiros na sua bonita noite de celebração do 76º aniversário, no sábado (2). O ano de 2017 foi especialmente intenso em atividades, campeonatos e conquista de títulos para o Clube. Em dois momentos,  março e novembro, o Janga se tornou o centro da vela brasileira

Os brindes começaram no lounge montado no deck do Restaurante da Ilha, com a comodoria recebendo os sócios que começavam a chegar quando o sol ainda estava se pondo no Guaíba. Entre espumantes e coquetel, todos aproveitaram para confraternizar e apreciar a decoração assinada por Cristina Pereira, que se inspirou no verão para criar os arranjos distribuídos pelos salões.

Do lounge, os sócios passaram para as mesas, onde teve início o jantar e após voltaram ao deck para as homenagens, cantar parabéns, assoprar as velas, apreciar a espetacular e tradicional queima de fogos e dançar. Os grandes homenageados do aniversário foram Nelson Piccolo e Carlos Henrique De Lorenzi, o Dedá, pela passagem dos 50 anos de conquista do Mundial da classe Snipe, nas Bahamas, pela conquista do Brasileiro e dos Jogos Panamericanos, em Winnipeg, no Canadá. “1967 foi um ano mágico”, comentou o comodoro Manuel Ruttkay Pereira.

Dois sócios que participaram da primeira comemoração de aniversário do Clube, dois “cúmplices” dessa longa história de vitórias – Verônica Ruttkay Pereira e Kurt Keller – foram convidados a assoprar as velinhas do bolo de 76 anos. O momento também foi de agradecimento pelas conquistas de 2017. Nossos velejadores defenderam a camiseta do Jangadeiros em inúmeros campeonatos, realizados aqui e fora do País, e trouxeram medalhas de ouro, de prata e de bronze. Atletas que entraram para a nossa história e para a história da vela nacional e mundial. Agradecimentos fundamentais aos nossos sócios, parceiros de todas as jornadas e razão maior do Jangadeiros!

A partir da esquerda: Dedá, o comodoro Manuel Ruttkay Pereira, Nelson Piccolo, Pedro Pesce,
vice-comodoro Administrativo, Paulo Renato Paradeda, presidente do Conselho Deliberativo e o
Capitão de Mar e Guerra, Amaury Marcial Gomes Júnior

Carlos Henrique de Lorenzi recebeu a homenagem das mãos da esposa, Vanira De Lorenzi,
e Nelson Piccolo das mãos da filha Daniela Piccolo

“Me sinto extremamente lisonjeado com a homenagem que recebemos na noite do aniversário do Clube. Não esperava, foi uma surpresa tão gratificante. Ganhamos no mesmo ano o Panamericano, o Brasileiro e o Mundial de Snipe, e essa placa foi um reconhecimento pelo nosso esforço”.

Nelson Piccolo
“Foi uma noite muito especial para mim e para o Nelson, o dia do aniversário de 50 anos da nossa vitória no mundial de snipe nas Bahamas, em 1967. É uma data muito significativa para nós, as lembranças vem à tona, as dificuldades, as alegrias, a chegada em Porto Alegre, a carreata no carro dos bombeiros. Devemos muito ao Jangadeiros, o Edmundo Soares foi um elemento-chave para podemos viajar e competir. Ficamos muito sensibilizados com a lembrança”

Carlos Henrique De Lorenzi

Verônica Ruttkay Pereira e Kurt Keller assopraram as velinhas pela passagem dos 76 anos do Clube

“Eu tinha apenas cinco ou seis anos e lembro muito bem do primeiro aniversário do Janga. Nós, crianças, estávamos vendendo rifas de um pequeno veleiro orientados pelo “tio” Leopoldo (Geyer) “para fazer dinheiro para o Clube”. De lá para cá, o Jangadeiros não para de crescer. Sempre que vem um diplomata da Hungria levo para visitar. A gente tem muito orgulho”.

Verônica Ruttkay Pereira

“Quando o Jangadeiros completou um ano de vida eu apaguei as velinhas. Por isso que a emoção hoje é muito grande. Especialmente para mim que participei da construção da história do Clube ao lado de quatro importantes nomes: Geraldo Linck, Edgar Siegmann, Edmundo Soares e Luiz Chagas. De verdade é uma emoção enorme. Às vezes me sento na mesa que considerávamos nossa aqui no Janga e me lembro deles. Muitas vezes até choro lembrando dos nossos feitos”.

Kurt Keller

“Somos sócios desde 2003 e vamos sempre. O Janga é uma obra feita a várias mãos, construída por um time que pegou junto, pedrinha por pedrinha. Um orgulho para nós”.

Marcio Lima, comerciante e proprietário da loja Equinautic e Claudia Lima, dentista
“O Janga tem uma das vistas mais lindas de Porto Alegre. Somos privilegiados em sermos sócios desde 2011. Parabéns Jangadeiros por esses 76 anos de história”.

Leonardo Oliveira, comerciante, e Michele Guiramand, professora

Rafael e Marga Paradeda

“É muito amor que tenho pelo Clube, cada dia fico mais orgulhosa de fazer parte desta história. É uma emoção estar na ilha celebrando os 76 anos do Janga em uma noite de lua cheia. Me enche de satisfação estar no lugar mais lindo de Porto Alegre”.

Marga Paradeda, professora e promoter de eventos
“A festa de aniversário é sempre muito legal e importante para o clube. É quando celebramos o aniversário da nossa segunda casa. Um evento que todo sócio deveria prestigiar e aproveitar para confraternizar”.

Rafael Paradeda, piloto comandante de helicóptero 

Alex Lopes e Maiara Sanches

“Para nós, a festa de aniversário do Clube é uma experiência nova, pois recém completamos um ano como associados. Estamos aproveitando muito, vir para cá tem sido a nossa melhor terapia”.

Alex Lopes, advogado, e Maiara Sanches, funcionária pública

Pedro Cesar de Oliveira Filho (ex-presidente do Conselho Deliberativo) e Claudia Wentzel de Oliveira com Ralph Johnstone e Claudia Koch Johnstone (membro do Conselho Deliberativo)

 “A festa é um encontro de grandes amigos que convivemos quase que diariamente. É ótimo       participar”

Pedro de Oliveira Filho e Claudia Wentzel de Oliveira

“Somos sócios há muitos anos e achamos ótimo participar desse momento de confraternização. Um orgulho fazer parte de mais um ano de vida do Clube”.

Ralph Johnstone e Claudia Koch Johnstone

Veja mais fotos e vídeos no Facebook do Clube!

Regatas do 76º Aniversário: muitos títulos para o Janga, camisetas de diferentes clubes e mais de 100 atletas empolgaram o encerramento da agenda de 2017

O momento de premiação da tradicional Regata de Aniversário do Jangadeiros encerrou um ano de atividades na qual o Clube foi protagonista de grandes momentos e de grandes campeonatos da agenda nacional da vela. Na Semana da Vela, encerrada no meio de novembro, recebemos mais de 200 atletas de todo o Brasil, uma grande parte formada por jovens que representam o futuro da vela. E agora no último evento esportivo de 2017, a Regata de Aniversário mais uma vez trouxe para o Clube mais de 100 atletas das classes Oceano e Monotipos.

A entrega dos troféus, no final da tarde deste último domingo (3), foi empolgante. A casa estava cheia e por todos os lados podia-se observar camisetas de diferentes cores e de clubes co-irmãos, atletas de todas as idades, um clima de celebração ao esporte e uma demonstração da importância do Jangadeiros na preservação e desenvolvimento desta cultura.

Os participantes receberam, além de prêmios, o reconhecimento e a admiração do Jangadeiros. Uma dupla em especial, Breno Kneipp e Ian Paim, foi destacada com o tradicional Troféu Edmundo Soares, um dos mais importantes jornalistas esportivos da extinta Folha da Tarde, grande incentivador do iatismo e que viveu o Clube de maneira intensa.

Os dois atletas receberam a homenagem pelo enorme talento e grandes conquistas na classe 29er em 2017, que incluem o Brasileiro, o Sul Americano, a Copa da Juventude, o Estadual e o 1º Campeonato Brasileiro Interclubes da Juventude de Vela.

No sábado, os ventos de 8 a 10 nós favoreceram a realização de uma regata barla sota bem em frente à Ilha, possibilitando um pequeno show de manobras aos nossos sócios e visitantes. No balanço geral, o Janga fez valer a sua vocação de campeão conquistando muitos títulos em boa parte das classes.

Na regata de Oceano, na classe ORC Internacional, o Jangadeiros venceu todos os lugares do pódio. O grande campeão é o barco Delirium, do comandante Darci Rebello Júnior, o vice ficou com o Magia Black, do comandante e vice-comodoro esportivo, Rodrigo Castro, e o 3º foi conquistado pelo Tuareg, de Marcelo Kern.

Na classe RGS, mais uma vez o Clube sai na frente e chega ao lugar mais alto do pódio com o barco Conquista III, do comandante Rodrigo Baldino.

Na XVI Regata em Solitário, na categoria Dupla Mista, os três primeiros vencedores também são do Jangadeiros. No Cruzeiro 23, 1º lugar para o barco Maori, do comandante Luiz Serrano. No Cruzeiro 40, o Ouro ficou com o barco Pazzo Per Te, do comandante Josiene Paim e na Força Livre, com o Hobart, do comandante Airton Schneider.

No XVIII Velejaço, de sete categorias, o Jangadeiros venceu em quatro. No Cruzeiro 20,o campeão foi o barco Águia Real, de Peter Nehm, representante do Brasil nas Olímpiadas de 84 em Los Angelos e baterista da banda The Sailors nas horas vagas.

No Cruzeiro 23, cumprimentos para o barco Alvará, do comandante Cid Paim, e no Cruzeiro 30, o título foi para Paulo Angonese, comandante do Kuana III. Na Força Livre, quem levou o prêmio foi o barco Maná, do comandante Márcio Lima.

OURO TAMBÉM PARA OS MONOTIPOS

Na vela jovem, o destaque é para Manoela Pereira da Cunha, na categoria Juvenil Feminino da classe Optimist Veteranos

Entre os talentos da Vela Jovem, quem fez bonito neste aniversário do Janga foi a atleta Manoela Pereira da Cunha, Ouro na classe Optimist Veteranos, na categoria Juvenil Feminino.

Na Snipe, a liderança nos primeiros lugares também são do Clube. O nosso Bolinha, o atleta Gabriel Kieling e Taylã Freiras ficaram em 1º, enquanto a dupla Rodrigo Fasolo e Philipp Grochtmann, em 2º.

Na classe Hobie Cat 16, o Janga repete o bom desempenho e leva o primeiro lugar com a dupla João Felipe Kraemer e Maryanne Estrella, e é vice com o experiente atleta Claudio Mika, quem faz dupla com Juliana Baino.

Na 29er, os grandes campeões foram Gabriel Kern e Ian Paim e na 420, o Ouro voltou a ser do Jangadeiros com a dupla Martina Szabo e Tiago Brito.

“No sábado, um lindo dia de sol com uma brisa agradável permitiu animadas regatas para as classes de Monotipos e Oceano Solitário ou Dupla Mista.

No domingo o dia cinzento não tirou o ânimo dos velejadores das classes de Oceano e Velejaço. Enfim uma programação completa para comemorar o encerramento de um dos anos mais movimentados da longa história do Jangadeiros”, diz Rodrigo Castro, vice-comodoro Esportivo e 2º lugar na classe ORC Internacional, com o seu Magia Black.

As Gurias e suas inesquecíveis histórias

Em tempos de aniversário do Clube, a Jangada News conversou com as Gurias do Jangadeiros, um grupo de sócias que se encontra, há cerca de dois anos, no Restaurante da Ilha, todas as sextas-feiras à tarde, e que conhece a história do Clube como ninguém

Doces, encantadoras e bem-humoradas, entre uma e outra taça de café, as Gurias contaram passagens divertidas, emocionantes e memoráveis, que talvez nenhum livro tenha registrado. Todas super experts no assunto, elas deram uma verdadeira aula sobre a história do Jangadeiros.

Siegried Schuler 
é conhecida por Pupi. Por Siegried ninguém a conhece. Sócia desde que era muito pequena, ela conta que seu pai comprou um chalé ao lado de onde hoje fica o Clube. “Eu vinha veranear nessa casa, pois morava no centro de Porto Alegre e era sempre uma farra, diversão garantida. Minha mãe dizia que íamos para fora, o que significava, na realidade, ir para o Jangadeiros e passar as férias de verão. Leopoldo Geyer, fundador do Clube, comprou um terreno com uma casa do lado do nosso chalé, e essa casa ainda existe, é o Pimenta Rosa, restaurante do Continente. A ideia dele era inaugurar um clube na zona sul da cidade, pois na zona norte ele já tinha fundado um, o Veleiros do Sul, que ficava no Bairro Navegantes. Acompanhei toda a história do Jangadeiros, desde a chegada de Geyer, me sinto parte de todos esses momentos especiais. Sua fundação foi em dezembro de 1941, quando eu tinha 10 anos, lembro muito bem. Tinha um pessegueiro belíssimo por lá, que dava pêssegos maravilhosos na temporada de calor”.

Erica: “Além de ter carregado pedras, os Filhotes também trouxeram prêmios para o clube como velejadores, fazendo com que o Janga se tornasse conhecido mundialmente”

“Sou filha do Jangadeiros”, menciona Erica Keller Kessler, que vive, desde que nasceu, numa linda casa quase em frente ao Janga. Ela chama Leopoldo Geyer de visionário e de inspiração, e imediatamente explica o motivo: “Foi ele que criou os Filhotes do Jangadeiros, o que tem de mais importante na história do Clube. Ele reuniu nas redondezas jovens meninos para formar um grupo. Eram cerca de 12. Geyer fez inclusive uma cerimônia para apresentar os adolescentes e convidou jovens da marinha para participarem do evento. Foi lindo, inesquecível. Bem em frente ao clube morava o Orlando, um marinheiro que consertava barcos, e foi nesse terreno que Geyer instalou os Filhotes. Ele construiu um galpão super grande para os jovens se encontrarem, tinha até lugar para eles dormirem caso quisessem. A ideia era fazer com que começassem a participar do mundo da vela, já que desde o início a proposta de Leopoldo era construir um Clube focado nesse esporte.

A turma dos Filhotes acabou sendo, por muito tempo, os dirigentes do Janga. Geyer pensou longe, encaminhou esses guris para que levassem adiante o seu sonho. E de fato deram continuidade. Eles participaram ativamente da construção da Ilha, feito que levou uns quatro anos para terminar, mas que quando terminou encheu de orgulho todos os que ajudaram. Junto dos sócios e funcionários, os adolescentes, que na época já não eram tão adolescentes, carregaram pedra por pedra num trabalho árduo, mas muito gratificante.

Além de ter carregado pedras, os Filhotes também trouxeram prêmios para o clube como velejadores, fazendo com que o Janga se tornasse conhecido mundialmente. Kurt Keller, por exemplo, importante velejador de Snipe na década de 50, conseguiu trazer para o Clube um importante campeonato mundial de Snipe. Foi o primeiro mundial de snipe que aconteceu abaixo da linha do equador, o que fez com que nosso Clube ganhasse fama de excelente anfitrião”.

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À esquerda, de blusa branca, Aimée Soares, logo acima, Erica Keller, e sentada à direita, Margit Lamachia 

Margit: “Ali onde hoje fica a Escola de Vela Barra Limpa tinha uma pequena praia, a gente ía até lá com cadeiras, guarda-sol e brinquedos”

Margit Lamachia também é parte da história do Jangadeiros e adora dividi-la: “O Clube sempre foi a extensão da nossa casa, pois minha vida era colégio e Janga desde muito pequena, e tenho muito orgulho disso. Sempre aproveitei muito: ali onde hoje fica a Escola de Vela Barra Limpa tinha uma pequena praia, a gente ía até lá com cadeiras, guarda-sol e brinquedos, e quando chegava era uma festa. Lembro também da primeira regata feminina que Leopoldo Geyer promoveu no Clube. Eu participei, pois velejava de snipe.

Competi com muita gente afiada, mas venci e o prêmio foi um porta pó-de-arroz dourado belíssimo que guardo comigo até hoje. Geyer ficou tão entusiasmado que disse que ía instituir a Taça Margit. Outra lembrança são as quermesses que organizávamos no Clube, eram sempre um sucesso. Pessoas que não eram sócias também podiam entrar, pois o objetivo era arrecadar q maior quantidade de dinheiro possível para que os velejadores participassem de campeonatos fora do Janga. Tinha banquinhas de comida, de tiro ao alvo e de pescaria, era ótimo, momentos especiais”.

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Aimée Soares, sócia desde 1942, conhecedora orgulhosa da história do Clube

Aimée: “Quando tinha 6 anos, passei um mês de fevereiro inteiro
veraneando no Clube e fui muito feliz lá”

No time das Gurias também tem Aimée Soares, uma senhora cativante que conhece o Jangadeiros como a palma da sua mão. Sócia desde 1942, ela guarda na memória histórias incríveis e compartilha algumas com a Jangada. “Quando tinha 6 anos, passei um mês de fevereiro inteiro veraneando no Clube e fui muito feliz lá. Hoje em dia pode parecer estranho falar em veraneio no Janga. Acontece que, quando fundou o clube, Leopoldo Geyer adquiriu a chácara da Rua Ernesto Paiva, 139, que era local de veraneio da família Wahrlich. A casa existente passou a ser a sede do Jangadeiros.

Posteriormente, foi adquirida a chácara vizinha, à esquerda de quem entrava no clube, e alunos tinham também uma linda casa. Pois esta segunda casa ficava à disposição dos sócios que quisessem veranear. Era espaçosa, com muitos quartos onde várias famílias podiam hospedar-se simultaneamente. Lugar tranquilo e bonito à beira do Guaíba. Muito brinquei na beira do rio, puxando um barquinho que ganhara de meu pai. As refeições a gente fazia no Jangadeiros e eu passava o tempo todo na rua, brincando e aproveitando para fazer novos amigos. Nunca mais esqueci daquele verão. Também recordo com carinho da campanha Compre 1m² de Piscina, que foi muito bem sucedida.

Tratava-se de ajudar financeiramente o Clube para que a piscina da Ilha fosse construída e os sócios pudessem aproveitá-la. Aliás, muita coisa na nossa Ilha foi feita com base na colaboração dos associados. Por exemplo, os sócios doaram também grande parte das pedras do enrocamento da Ilha. Cada batelão de pedras, que era trazido de uma pedreira na Ponta Grossa, custava um tanto, e os sócios pagavam o valor”.

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 Marga Paradeda: “Amo o Janga de paixão”

Marga: “Lembro com muito carinho da super festa de 50 anos do Janga que ajudei a organizar. Mais de mil pessoas compareceram, teve apresentação da orquestra da OSPA e de um dos ícones da Bossa Nova, Toquinho”

Outra associada que traz alegria para as tardes de sextas-feiras é Marga Paradeda, esposa de Marco Aurelio Paradeda, mãe de Rafael e Andréa Paradeda e tia e madrinha do multicampeão de Snipe Xandi Paradeda. Marga tem muitas histórias para contar, pois frequenta o Janga desde que nasceu, mas tem uma que faz brilhar seus olhos mais do que as outras: o dia do seu casamento. “Foi velejando no Clube, na classe Pinguim, que conheci Marco. Namoramos por oito anos, ficamos noivos por um e finalmente nos casamos, em 9 de dezembro de 1969, uma terça-feira.

Nossa festa não poderia ser em outro lugar, tinha que ser no Jangadeiros, pois nossas vidas sempre tiveram entrelaçadas com o Clube e com a vela. Até o patrono e fundador Leopoldo Geyer, foi no nosso casamento e nos deu um presente lindo. Foi um momento inesquecível, temos belíssimas fotos daquele dia. Depois vieram os filhos, Andrea e Rafael, que deram continuidade a nossa história no Clube. Andrea velejava de Optimist, e Rafael de Pinguim, de Laser e de Snipe. Agora o Rafael foi eleito para fazer parte do Conselho Deliberativo do Clube.

Na verdade quem me ensinou a gostar tão intensamente do Janga foi meu pai, Edgar Siegmann, que foi comodoro e me levava para brincar lá enquanto trabalhava. Eu adorava. Morávamos na mesma rua do Clube e ainda hoje moro nas proximidades. Outro momento que lembro com muito carinho foi a super festa de 50 anos do Janga que organizei ao lado do Marco e da grande comodoria. Meu irmão Werner Siegmann foi um grande parceiro na roganização. Mais de três mil pessoas compareceram, houve apresentação da OSPA e de um dos ícones da Bossa Nova, Toquinho.Eu amo de paixão o Jangadeiros”.

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 Casamento de Marga e Marco Aurélio Paradeda: comemorado no Clube com a presença do patrono Leopoldo Geyer

Leila Beatriz Schultz também participa dos encontros das Gurias do Jangadeiros. Sócia desde 1974, dentre uma vida de histórias para contar sobre o Clube, Leila narra uma do tempo em que velejava de snipe: “Um belo dia, saímos para velejar. Estávamos Tânia Sudbrack, Nelson Pena e eu. A ideia era dar uma volta pelo Guaíba, mas eis que o tempo muda consideravelmente e os nossos planos de apenas dar uma volta literalmente foram por água abaixo. Numa virada de bordo, eu caí na água, e naquele tempo não existiam roupas apropriadas para velejar, a gente usava as roupas do dia-a-dia. Caí na água de slack, que era uma calça jeans, e uma blusa de lã. Sorte que eu sabia boiar, pois fiquei dentro do Guaíba um bom tempo, subindo e descendo, até que o Nelson conseguisse virar de bordo para me resgatar. E o que fez ele demorar para chegar até mim foi o  casaco da Tânia que ficou pendurado no mastro. Quando Tânia conseguiu se desprender, Nelson pôde virar de bordo e me resgatar. História com final feliz”.

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Momento de apagar as velinhas para Erica Keller (no centro): ao seu lado direito,
Aimée Soares, e esquerdo, Leila Amorim

Patrícia Kraher, Adriana Sleutjes e Sonia Szabo também participaram do papo e foram unânimes em comentar histórias divertidas e inesquecíveis sobre a participação do Clube em Desfiles de 7 de Setembro, nos quais os sócios íam uniformizados com peças de roupa que estampavam o logotipo do Clube. De acordo com elas, eram momentos sempre animados, os quais lembram com muito carinho. As Gurias também relembraram dos muitos bailes de Carnaval que participaram juntas representando o Jangadeiros. “Fazíamos blocos, era muito bom”, destaca Sonia.

O que todas as Gurias, em comum acordo, comentaram a todo o momento foi: “Queríamos ver o Jangadeiros crescer, sempre tivemos um amor muito grande por ele”. O Janga cresceu e hoje é um dos mais importantes, prestigiados e tradicionais clubes náuticos do Brasil, enchendo de orgulho seus sócios.

Chegou o momento de brindarmos a bonita e vitoriosa história de 76 anos do Jangadeiros

Se você ainda não comprou seu ingresso, ainda há tempo. Vamos, juntos, levantar a taça e comemorar um ano de grandes conquistas do Clube neste sábado, no jantar de aniversário, a partir das 20h, no restaurante da Ilha. A programação segue com a Regata de Aniversário e premiação no domingo

O ano de 2017 foi de grandes emoções e de muitas realizações no Jangadeiros. Relembramos o bem sucedido plantio em julho, pelos nossos sócios e comodoria, de 526 mudas nativas na Ilha, a conquista de mais um edital de licitação na Confederação Brasileira de Clubes (CBC) para seguirmos estimulando a Vela Jovem e a garra e o talento dos nossos atletas, em diferentes classes de barcos, que trouxeram para o Janga novos títulos mundiais, nacionais, sul-americanos, sul brasileiros e estaduais.

Os ingressos para o jantar comemorativo, com músicas selecionadas pelo DJ Eduardo Irigaray, estão disponíveis na Central de Eventos ou na Secretaria Administrativa pelo valor de R$ 100,00, sem bebidas.

A programação da tradicional Regata de Aniversário, no sábado (2) e no domingo (3), tem largada prevista para às 13h, envolvendo todos os clubes de Porto Alegre e classes de barco. Domingo, depois das regatas de Oceano e um Velejaço que irá colorir o Guaíba, será o momento de homenagear os vencedores, às 19h30min, também no restaurante da Ilha.

Mais informações sobre as regatas você confere no link:
http://jangadeiros.com.br/wp-content/uploads/2017/11/2017-A-Reg-Aniver-Cdj-76-anos.pdf

Manuel Ruttkay Pereira: “A família Jangadeiros sabe receber, sabe fazer e sabe acontecer”

“É comum olharmos para trás quando atingimos determinadas datas ou marcas em nossa existência, fazendo um balanço do período que se encerra. Como exemplo, isso acontence nos finais de ano, nas conclusões de cursos e também em nossos aniversários! Podemos fazer o mesmo com o querido Janga! Em meio ao mar revolto por incertezas no qual insiste em navegar nosso país, nosso maravilhoso refúgio singrou com coragem e chegou em vários portos com segurança e altivez durante o ano que passou! Os recursos financeiros limitados aceleraram a busca de uma administração mais enxuta e propositiva como forma de melhorar as condições de utilização de todas as nossas benfeitorias.

Câmaras de segurança, melhorias significativas na iluminação, incluindo aí trocas de luminárias por outras que propiciam mais economia, aperfeiçoamento do sistema elétrico, aumento do número de torres nos trapiches, padronização de procedimentos no estaleiro e no porto, recuperação de infláveis de apoio, trocas de mesas e cadeiras na área da piscina e cobertura de duas churrasqueiras adicionais foram objetivos atingidos com o esforço de um time de funcionários dedicados e competentes!

E como cereja no bolo, os campeonatos de vela do segundo semestre, principalmente aqueles realizados em novembro, trouxeram alegria, novos campeões e a certeza de que a família Jangadeiros sabe receber, sabe fazer e sabe acontecer quando o assunto é navegar! Imperfeições continuam a existir e sonhos persistem em nosssas mentes pedindo para que se tornem realidade! Temos consciência plena dos desafios que se colocam diante de nós e das nossas limitações, mas confiamos na capacidade de superação do quadro social do Janga e entendemos que sempre deve existir um momento para festejar! Esse momento é agora! Setenta e seis anos de vitórias e conquistas que já pedem um cantinho chamado de Museu do Clube! Feliz aniversário Clube dos Jangadeiros! Que o novo ano traga alegrias e realizações pessoais e institucionais!”

Parabéns a todos!”

Comodoro Manuel Ruttkay Pereira

Vice-comodoro Esportivo, Rodrigo Castro (à direita), durante a Semana da Vela, com o Diretor de Esportes da Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul

 “É hora de celebrarmos a tradição do nosso clube na vela, se ja esportiva ou de lazer, e colocarmos o maior número de barcos na água. Opções não faltam: teremos no sábado regatas das classes Monotipos e para os barcos de Oceano e Cruzeiro teremos a regata em Solitário ou Dupla Mista. No domingo, um grande velejaço para os barcos de oceano e cruzeiro com largada em frente à ilha”

Rodrigo Castro, vice-comodoro Esportivo

41 anos da Escola de Vela Barra Limpa: venha celebrar neste domingo

A Barra Limpa, uma das mais tradicionais escolas de vela do país, completa 41 anos no próximo dia 21. Para celebrar mais este aniversário, a instituição – que revelou atletas campeões mundiais como Alexandre Paradeda e Fernanda Oliveira – irá realizar diversas atividades neste domingo (18).

Logo pela manhã, a partir das 10h, acontece a cerimônia de inauguração dos barcos da classe Optimist, do projeto Preparando o Futuro Olímpico (CBC). Uma hora mais tarde, será realizada uma regata da turma de iniciação a vela. Em seguida, ocorre a Regata Barra Limpa de veteranos e estreantes na flotilha.

Os festejos continuam ainda pela parte da tarde. Às 17h, serão entregues os certificados dos cursos da escola e a premiação das provas feitas pela manhã. Terminada a solenidade, todos serão convidados a cantar os parabéns. Para acompanhar, muitos docinhos, salgadinhos e refrigerante. Durante a celebração, vídeos com uma retrospectiva do ano vão ser exibidos.

Feliz aniversário, Clube dos Jangadeiros

As festividades dos 75 anos do Jangadeiros foram realizadas no último final de semana. Mas a data do aniversário mesmo é hoje.

Foi em 7 dezembro que, em 1941, o Clube mais charmoso do Brasil era fundando por nosso patrono Leopoldo Geyer. Para celebrar esta data marcante, alguns dos sócios mais antigos cantaram parabéns!

Feliz aniversário, Clube dos Jangadeiros!

Premiação da Regata 75 anos encerra as festividades do aniversário do Jangadeiros

Um clube com tanta tradição na vela nacional e internacional não podia deixar de celebrar o seu 75º aniversário sem uma grande festa náutica. Com o cancelamento da agenda de sábado (3) devido ao mau tempo, todas as regatas comemorativas foram disputadas no domingo. Mesmo com tempo fechado durante boa parte do dia, as provas aconteceram sem problemas. As largadas respeitaram a seguinte ordem: solitário, mista, velejaço, oceano (Microtonner 19, RGS-BRA e ORC-INT) e, por último, os monotipos.

Terminadas as regatas, à noite, a partir das 20h, ocorreu na sede da Ilha a premiação aos vencedores. O evento marcou o encerramento das festividades do aniversário de 75 anos do Jangadeiros. Ao todo, 41 prêmios foram entregues e o CDJ ficou com 22, entre eles o Troféu Edmundo Soares entregue a João Emilio Vasconcellos.

“Essa honraria festeja os ideias de um sócios mais proeminentes que o Clube já teve. Edmundo era alguém que apostava muito nos talentos jovens. Além dos bons resultados, o Troféu reconhece o caráter e todos os atributos que um velajador precisa ter”, descreveu o comodoro, Manuel Ruttkay Pereira, logo antes de entregar o prêmio itinerante a João Emilio.

Emocionado com o troféu, o garoto de 16 anos agradece o Jangadeiros por tê-lo ajudado a se tornar a pessoa que é. “Mesmo quando eu não vinha velejar aqui, quando eu vinha só jogar bola, eu sempre me senti sempre em casa. Com o tempo fui amadurecendo e gostando cada vez mais do clube. Tenho orgulho muito grande de poder representar o CDJ”, contou.

Amigos de João e da mesma faixa etária do garoto, Breno Kneipp e João Luka Moré também ganharam um prêmio. Os dois tiraram primeiro lugar na classe 29er. Breno destacou a união de todos da vela jovem. “Nossa amizade só ajuda. Ficamos muito mais pilhados em saber que um ou outro conseguiu um resultado bom, a gente se sente mais motivado em se superar. É claro que tem competitividade, mas, acima de tudo, é uma geração muito amiga”, relatou.

Entre os mais novos ainda, o destaque ficou por conta de Manoela Pereira da Cunha. A menina ficou no primeiro lugar geral na classe Optimist na categoria estreante. Em seu segundo campeonato, ela já levou uma medalha para casa. “Quando eu recebi o prêmio pensei: ‘meu esforço valeu a pena’. Mas eu fiquei um pouco em estado de choque, na verdade. Gosto de ficar prestando a atenção nos veteranos para ver se eu aprendo um pouco”, destacou, encabulada.

Parabéns a todos os atletas que participaram desta Regata de 75 anos do Jangadeiros! Abaixo, você confere todos os premiados em suas respectivas classes:

Regata em Solitário

Cruzeiro 35

1º) Barco Água Viva – Rodrigo Duarte (CDJ)

Força Livre

1º) Barco Taquion – Fábio Ribas (CDJ)

 

Velejaço

Cruzeiro 20

1º) Barco Águia Real – Peter Nehm (CDJ)

Cruzeiro 23

1º) Barco Alvará – Cid Paim (CDJ)

Cruzeiro 30

1º) Barco Five Stars – Luís Fernando Silveira (ICG)

Cruzeiro 35

1º) Barco Desafio 32 – Reinaldo Roesch (ICG)

Cruzeiro 40

1º) Barco Argo – Olávo Torres (VDS)

Força Livre

1º) Barco Tereza – Niels Rump

 

Regata de Oceano

Microtonner 19

1º) Barco Sophia – Delmar Meinerz (SAVA)

RGS-BRA

1º) Barco Zápeka – Walter Broemberg (VDS)

2º) Barco Tuareg – João Daniel Nunes (CDJ)

ORC-INT

1º)  Barco Dlirium – Darci Rebelo Jr (CDJ)

2º) Barco Kamikaze XI – Hilton Piccolo (CDJ)

3º) Barco Hobart – Airton Schneider (CDJ)

 

Regata de monotipos

Optimist estreantes

Infantil

1º) Lucas Zorzi (CDJ)

Feminino

1º) Manoela Pereira da Cunha (CDJ)

Juvenil

1º) Carlos Eduardo Gliebeler (CDJ)

Mirim

1º) Antonio Porto Claudino (VDS)

Geral

1º) Manoela Pereira da Cunha (CDJ)

2º) Maria Eduarda Claudino (VDS)

3º) Antonio Porto Claudino (VDS)

 

Optimist Veteranos

Mirim

1º) Erick Carpes (VDS)

Infantil

1º) Fernando Rocha (VDS)

Juvenil

1º) Germano Becker Santos (VDS)

Feminino

1º) Luiza Moré (CDJ)

Geral

1º) Germano Becker Santos (VDS)

2º) Pedro Breternitz (CDJ)

3º) Vitor Megiolaro Paim (CDJ)

 

Laser Radial

1º) Henrique Silva Dias (VDS)

2º) João Emilio Vasconcellos (CDJ)

 

Laser Standard

1º) Guilherme Roth (VDS)

2º) Phillip Grochtmann (VDS)

 

29er

1º) Breno Kneipp e João Luka Moré (CDJ)

 

420

1º) Gabriel Lopez e Nicolas Mueller (VDS)

 

Dingue

1º) Carlos Teixeira e Vinicius Flores (CDJ)

 

Hobie Cat 16

1º) João Kraemer e Daniele Capiotti (SAVA)

2º) Mário Dubeux e Karol Bauermann (CDJ)

 

Snipe

1º) Gabriel Kieling e Rodrigo Fasolo (CDJ)

2º) Alexandre Paradeda e Lucas Mazim (CDJ)

 

Troféu Emundo Soares

João Emilio Vasconcellos (CDJ)

Aniversário de 75 anos: relembrar o passado e planejar o futuro

“Nós somos contaminados, como todos vocês, por um vírus que, depois que entra, não sai mais. É o vírus de gostar do Jangadeiros e de todas as opções que ele oferece para quem está aqui”. Foi assim que o Comodoro Manuel Ruttkay Pereira descreveu a relação da sua família com o CDJ. Do mesmo modo que Verônica Ruttkay, mãe de Manuel, esteve presente desde o primeiro aniversário do Clube, hoje ela vê seus bisnetos – a quinta geração da família – aproveitando desde cedo a alegria de fazer parte do clube mais charmoso de Porto Alegre.

Emocionado, o Comodoro também aproveitou para celebrar todos aqueles que ajudaram a construir essa história ao longo dos últimos 75 anos. “Peço que olhem para os lados e homenageiem as pessoas que estão ao redor. Relembrem momentos que passaram com elas porque fizeram o Clube ser o que ele é hoje. Além disso, olhem para cima. Lembrem de quem não está mais entre nós, daqueles que fizeram quase o impossível para que pudéssemos chegar até aqui”, ressaltou ainda.

Mas entre os tantos responsáveis pela trajetória do CDJ, uma pessoa não poderia faltar, como lembra Paulo Renato Paradeda, presidente do Conselho Deliberativo. “Nós devemos toda essa construção maravilhosa à vivência, à visão e ao espírito positivo que Leopoldo tinha sobre tudo. Eu lembro bem, eu era menino ainda, e ia no Clube Iate Brasileiro por volta de 1950. Lá eu vi um desenho dele em que a nossa Ilha já constava no leito do Guaíba. Ele realmente marcou uma época. Além da construção da Ilha, essa irmandade que nos trouxe a esse patamar incrível também é obra sua”, destacou, com os olhos cheios de lágrima e a voz embargada.

Para seguir as celebrações, sócios mais antigos como os irmãos Keller, Arno e Kurt, Claudio e  Lucy Aydos foram convidados a iniciar o canto de feliz aniversário, que depois foi seguido por todos os presentes. Logo em seguida, os associados se dirigiram para a parte externa, próximo às piscinas, para acompanhar um belíssimo show pirotécnico. A confraternização contou também com uma homenagem aos ex-comodoros vivos. Todos eles receberam de suas esposas um pin de ouro em reconhecimento aos seus serviços prestados.

Falando em ouro, uma belíssima gargantilha 18 quilates, cravejada de braziolita e diamantes, foi sorteada pela D’vie Joalheria, tradicional parceira do Clube. A associada Sílvia Jung foi a grande vencedora.Exaltar o presente e planejar o futuro.

75 anos: exaltar o presente e planejar o futuro

 Um grande clube se notabiliza através de seus feitos históricos do passado. Mas é preciso que o presente e o futuro sigam trazendo novas conquistas para que tudo não se perca no tempo. Por isso, os festejos dos 75 anos do Jangadeiros também premiaram o agora, incentivando o surgimento de novos atletas. Na já tradicional honraria entregue aos atletas laureados, os premiados em 2016 foram: Ana Barbachan, Andrei Kneipp, Antonio Rosa, Fernanda Oliveira, Lucas Aydos, Lucas Mazim e Tiago Brito.

Com um ano atípico, sem conseguir viajar muito, Tiago comemorou a segunda colocação no Campeonato Brasileiro do início do ano e contou um pouco do seu principal objetivo para o ano que vem. “Meus treinamentos estão focados para o Mundial de 420, que vai acontecer em dezembro na Austrália. Montei uma programação boa e este reconhecimento do Clube me dá mais força para ir lá e defender o Jangadeiros”, revelou.

Outro que teve um 2016 um pouco diferente foi Antonio, o Totó. Com uma lesão no início da temporada, o jovem não conseguiu competir no nacional de Laser. Mas ele deu a volta por cima e conquistou, em Montevideo, o sul-americano de Standart sub-21. No segundo semestre, vieram mais dois títulos estaduais. “Fiquei bem feliz com o meu desempenho neste ano e, agora, com o fim do semestre na faculdade, vou me dedicar bastante para o Brasileiro de 2017. Minhas férias vão ser só velejar, velejar e velejar”.

Sempre preocupado com o surgimento de novos talentos na vela, Lucas Mazim, o Sorriso, ficou orgulhoso do reconhecimento do Clube pelos seus títulos como atleta, mas preferiu se deter ao belíssimo ano que teve na figura de treinador. “Na Laser, estávamos com uma equipe bem jovem e colocamos todos os competidores entre os dez primeiros no Brasileiro no Rio de Janeiro. E, na Copa da Juventude, o João Emilio (Vasconcellos) sendo campeão e se classificando pro Mundial foi demais. A gente adora o que faz! Velejar e se dedicar aos atletas nos motiva a sempre evoluir”, desabafou.

Por falar em vela jovem, o Clube dos Jangadeiros, por meio do projeto Preparando o Futuro Olímpico, firmado em convênio nº42 , Edital nº5, com a Confederação Brasileiras de Clubes (CBC), passará ainda mais a investir no esporte da alto rendimento com a aquisição de 37 novos barcos e equipamentos. Fernanda Oliveira, primeira mulher a conquistar uma medalha olímpica na vela, falou da importância de ações como essas.

“Foi uma conquista muito grande da nossa comodoria, que vem trabalhando firme para construir o futuro do Clube. Tenho certeza que atitudes como essas incentivam que as crianças comecem no esporte cada vez mais cedo”, disse Fernanda.

Jangadeiros comemora seu 75 anos em grande estilo neste final de semana

O Jangadeiros está em festa e a programação para celebrar os 75 anos do Clube já está definida! No sábado, a partir das 13h, acontece a Regata de Aniversário, com a primeira largada para as classes de Oceano e, em seguida, a de monotipos.

À noite, o jantar baile comemorativo começa às 20h, com direito a muita música com DJ Eduardo Irigaray e um belo show pirotécnico.

Pensa que acabou? No domingo, a partir das 13h, o Guaíba será colorido pelo Velejaço. No final do dia, às 20h, será o momento de confraternização e entrega dos troféus. Venha comemorar conosco!

Clube com DNA vencedor

Em 75 anos, o Jangadeiros conquistou 110 títulos de Campeão Brasileiro em 12 classes diferentes. A instituição ainda organizou e sediou quatro campeonatos mundiais, 11 campeonatos Sul Americanos e 18 campeonatos brasileiros. Participou também de sete Olimpíadas: Montreal, Los Angeles, Sidney, Atenas, Pequim, Londres e Rio de Janeiro. Em Pequim, conquistou a Medalha de Bronze na classe 470, com a dupla Fernanda Oliveira e Isabel Swan, primeira medalha olímpica da vela feminina do Brasil.

O Clube ganhou ainda nove títulos mundiais em quatro classes, três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze em Jogos Pan-americanos, venceu por duas vezes o Campeonato do Hemisfério Ocidental da classe Snipe e ganhou por 36 vezes o Campeonato Sul Americano em 8 classes de barco. Criou também uma das mais equipadas escolas de vela do Brasil – a Escola de Vela Barra Limpa, hoje com 40 anos e berço de formação de campeões nacionais e internacionais.

Continuando a tradição do Clube, Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan foram classificadas este ano para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Para seguir incentivando a qualificação dos seus atletas, recentemente o Jangadeiros foi buscar, junto à Confederação Brasileira de Clubes, uma expressiva verba para investir em seus novos competidores – o projeto “Preparando o Futuro Olímpico”. Os primeiros equipamentos já estão chegando e serão usados na Escola de Vela Barra Limpa e na preparação de jovens velejadores para as classes olímpicas. Dos 27 Clubes que conquistaram a verba, o projeto do Clube porto-alegrense foi o melhor avaliado, com 41,25 pontos de 44 possíveis.

Comodoria

– Manuel Ruttkay Pereira (Comodoro)

– Pedro Antônio Pereira Pesce (Vice-Comodoro Administrativo)

– Antônio Joaquim Machado (Vice-Comodoro de Obras e Patrimônio)

– Alexandre Paradeda (Vice-Comodoro Esportivo)

– Günther Staub (Vice-Comodoro de Desenvolvimento e Marketing)