Fernanda Oliveira e Ana Barbachan participam do Portugal Grand Prix de 470

Atletas olímpicas disputam a competição em preparação para o Mundial da classe, que acontece de 05 a 13 de março, em Vilamoura.

Em intensa preparação para a disputa do Campeonato Mundial da classe 470, as atletas olímpicas Fernanda Oliveira e Ana Barbachan participam do Portugal Grand Prix, que está sendo realizado em Vilamoura.

A competição, que reúne atletas das classes 470 e RS:X, antecede o Mundial de 470 que vai acontecer entre os dias 05 e 13 de março, na mesma raia. Além de Fernanda e Ana, a dupla da classe 470 masculina Henrique Haddad e Bruno Bethlem também participa do Grand Prix.

“Este campeonato é uma preparação para o nosso objetivo principal, que é o Mundial, e está sendo bom e produtivo para entrarmos no ritmo de regata e competirmos ao lado de nossas principais adversárias novamente. Além disso, é muito bom estar na água de novo, fazendo o que a gente gosta e procurando sempre evoluir”, disse Ana Barbachan. Até o momento, seis regatas foram promovidas no evento e a classificação pode ser conferida aqui.

No Mundial de 470, as regatas estão previstas entre os dias 08 e 12 de março, reunindo as principais duplas da classe no mundo. Já a medal race, a regata da medalha, fecha a competição no dia 13. O aviso de regatas pode ser acessado no site da competição, através deste link.

Ilha dos Jangadeiros é a primeira ilha sustentável em um clube náutico de vela no sul do Brasil a contar com uso de energia solar efetiva

Além das vantagens econômicas, ação pioneira visa a sustentabilidade ambiental e reforça o uso de energias renováveis no Clube dos Jangadeiros.

Em uma ação pioneira que tem como objetivo a sustentabilidade ambiental e a redução de custos, a Ilha dos Jangadeiros é a primeira ilha sustentável em um clube náutico de vela no sul do Brasil a contar com uso de energia solar efetiva.

A ação é fruto do trabalho desenvolvido pela Comodoria do Clube dos Jangadeiros, que realizou o estudo e planejamento da iniciativa com muito trabalho, empenho e determinação. A instalação das placas fotovoltaicas de última geração está concluída e a toda a fiação e a subestação está em fase final de instalação e aprovação pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). A instalação das placas foi realizada durante o mês de janeiro, no telhado do pavilhão das lanchas, na Ilha.

Conforme destaca o Vice-Comodoro de Obras, Jorge Bastian, a ideia para realizar a iniciativa já estava sendo trabalhada há dois anos, após a posse da Comodoria do Jangadeiros. “Além disso, pesquisa sobre a energia fotovoltaica e quais os equipamentos que o clube precisava foram alguns dos itens iniciais do planejamento em sua fase inicial. “O trabalho foi viabilizado durante a pandemia, momento em que a equipe não parou de trabalhar para realizar a iniciativa. Com essa ação, o Clube investe em energia renovável e não poluente com custos mais baixos, pensando na sustentabilidade e no meio ambiente”, disse Jorge Bastian.

O projeto das placas de captação de energia solar no telhado do pavilhão das lanchas, foi desenvolvido e está sendo executado pela ENGIE Brasil, empresa especializada em energia renovável. O pioneirismo em trazer a iniciativa sustentável para o clube é motivo de muito orgulho e alegria para levar um clube cada vez melhor a todos, conforme ressalta Arthur Pereira Filho, Diretor de Planejamento e Sustentabilidade do CDJ. “Ter a primeira ilha sustentável em um clube náutico no Sul do Brasil nos deixa muito felizes e orgulhosos, pois é uma ação realizada com muito trabalho, determinação e pensada para o futuro do Jangadeiros, deixando um legado que visa a preservação do meio ambiente e o uso de energias sustentáveis para nossos associados”, completa.

Nota de Pesar | Romilda Hennig

o Clube dos Jangadeiros manifesta seu pesar pelo falecimento da sra. Romilda Hennig no dia 26 de fevereiro, véspera do dia em que completaria 103 anos.

Romi, como era carinhosamente conhecida, teve participação ativa na vida do Clube dos Jangadeiros ao lado do esposo, Edwin Hennig, no período em que ele foi Comodoro, de 1958 a 1960, conforme destacou seu filho Paulo Hennig, também sócio do Clube.

“Nos anos 50 entrei para os Filhotes do Jangadeiros. Em consequência disso, meus pais vieram para o Clube como sócios junto com o casal Oscar e Aracy Piccolo, nossos vizinhos. Minha mãe sempre ajudava no que era possível. Ela se dedicava muito ao Clube, como todos que trabalharam e trabalham até hoje. Teve participação muito ativa no Mundial de Snipe de 1959, que foi um campeonato extremamente importante da vela brasileira”, disse Paulo.

“O que fica na lembrança é que ela viveu mais de 100 anos com muita dignidade e autonomia no lugar em que sempre quis viver, a Vila Conceição. Era muito ativa e criativa, com grande capacidade de reunir pessoas em sua volta”, completa.

De acordo com o sócio Kurt “Neni” Keller, Romi foi responsável pela implantação do serviço de portaria, ainda inexistente no Clube, muitas vezes fazendo ela mesma esse trabalho até que fosse contratado um porteiro. Sua proatividade para auxiliar Edwin Hennig em sua gestão como Comodoro foi marcante, principalmente na realização do Campeonato Mundial de Snipe em 1959, o qual ganhou grande notoriedade por ter sido o primeiro realizado abaixo da linha do Equador.

“Romi era diretora de sede e fazia a recepção dos velejadores que vieram para o Mundial. Participou ativamente da organização do início ao fim, sendo responsável, com muito esforço e dedicação, pela festa de encerramento no Clube do Comércio”, disse Neni.

Kurt Keller ainda lembra um fato interessante: “Ela participou da contratação de um porteiro chamado Dorival Siqueira, que posteriormente na gestão do Comodoro Geraldo Linck, quando ocupei o cargo de Vice-comodoro Esportivo, foi remanejado para trabalhar como auxiliar da Comissão de Regatas e fez isso por muitos anos, tornando-se pessoa muito estimada por todos os velejadores do Clube. Em homenagem a ele, o barco da CR recebeu o nome de Mestre Dorival. Além disso, realizou um grande trabalho na construção da nossa Ilha”, destaca.

O Clube dos Jangadeiros é muito grato à D. Romi pelo carinho e dedicação, pelo importante trabalho que desenvolveu e deseja muita força aos familiares e amigos neste momento de dor.

Atletas da classe Optimist realizaram treinos na clínica especial promovida pela Flotilha da Jangada

Atividade foi realizada em parceria com as flotilhas do Iate Clube de Santa Catarina e Cabanga Iate Clube de Pernambuco e preparou os velejadores para a Seletiva de Optimist 2021.

Durante os dias 20 e 24 de fevereiro, a Flotilha da Jangada realizou uma clínica especial para os atletas que vão disputar a Seletiva de Optimist 2021, com treinamentos focados na preparação dos velejadores para a disputa da competição.

A atividade foi promovida em parceria com as flotilhas do Iate Clube de Santa Catarina e Cabanga Iate Clube de Pernambuco. Confira abaixo algumas das imagens dos treinos.

Atletas da classe Optimist realizaram treinos na clínica especial promovida pela Flotilha da Jangada

Atletas da classe Optimist realizaram treinos na clínica especial promovida pela Flotilha da Jangada

Atletas da classe Optimist realizaram treinos na clínica especial promovida pela Flotilha da Jangada

Atletas da classe Optimist realizaram treinos na clínica especial promovida pela Flotilha da Jangada

Atletas da classe Optimist realizaram treinos na clínica especial promovida pela Flotilha da Jangada

Atletas da classe Optimist realizaram treinos na clínica especial promovida pela Flotilha da Jangada

Clube dos Jangadeiros atualiza funcionamento aos novos decretos em relação ao COVID-19

Com a publicação do novo Decreto Municipal nº 20.946 pelo prefeito de Porto Alegre, bem como as medidas do Sistema de Distanciamento Controlado divulgadas pelo Governo do Rio Grande do Sul, o Clube dos Jangadeiros atualiza seu posicionamento informando aos seus sócios sobre as atividades possíveis no momento.

Reforçamos que é obrigatório o uso de máscara de proteção nas dependências da sede do Jangadeiros, e ressaltamos que é essencial seguir com o cumprimento das determinações estabelecidas, buscando a preservação e saúde de nossos sócios e colaboradores, bem como a contenção da disseminação do novo Coronavírus.

  • O acesso às dependências do Clube, bem como aos restaurantes do Continente e da Ilha dos Jangadeiros, fica restrito até às 20h, conforme as determinações estabelecidas nos novos decretos. Após este horário, está vedada a entrada na sede.
  • Está vedado o uso da piscina para recreação e lazer. O espaço está liberado apenas para treinos, respeitando-se os protocolos de uso do espaço.
  • A emissão de convites só poderá ser realizada, exclusivamente, para tripulantes de embarcações. O convidado/tripulante poderá acessar a Ilha dos Jangadeiros somente para embarcar, ficando restrito o acesso às dependências da ilha.
  • Cada comandante:
  • Pode levar consigo até 4 tripulantes desde que sejam seus familiares (relação conjugal ou de parentesco). Tal declaração deve ser feita no convite para navegar deixado nas portarias do clube antes de sua saída (https://jangadeiros.com.br/convite-para-navegar.docx) devendo estar ciente que, nos termos do Decreto municipal, estão vedadas as confraternizações e reuniões.
  • Deve preencher o plano de navegação / aviso de saída (independentemente do porte da embarcação) e deixá-lo na portaria ou informar o plano pelo rádio (canal 69 ou pelo telefone/WhatsApp 3094.5758) antes da sua saída. (https://jangadeiros.com.br/aviso-de-saida.docx).
  • O porto segue aberto. O guincho, rampa e seus operadores atuam de terça a domingo das 09h às 17h. A colocação e retirada de barcos na água, bem como navegação está liberada.
  • Monotipos, Lanchas, Barcos de Oceano, Kite e Windsurf podem navegar normalmente, desde que o comandante seja sócio habilitado e maior de 18 anos, já que estará navegando sob sua própria responsabilidade pois neste período o clube não poderá se responsabilizar pelo resgate de embarcações.
  • A secretaria administrativa segue aberta de segunda a domingo das 09h às 17h.
  • Marinheiros podem seguir com suas atividades de guarda e manutenção das embarcações, mediante uma declaração do proprietário informando que o referido marinheiro está com a embarcação sob os seus cuidados. (https://jangadeiros.com.br/declaracao-marinheiro.docx). Isto é necessário para que em uma eventual fiscalização possamos explicar a presença de tais profissionais nas dependências do clube.
  • A Escola de vela Barra Limpa permanece fechada.
  • Não estão permitidos os treinamentos de flotilhas tendo em vista que somente o treino de atletas profissionais está liberado.
  • É permitido, de forma individualizada, a prática de caminhada no clube, respeitando as regras de distanciamento. Os controladores de acesso informarão se é possível a entrada para tal atividade. Em razão disso, apelamos para a compreensão e colaboração de todos.
  • O uso de áreas comuns e de confraternização como salas de eventos, churrasqueiras, bancos e quiosques estão suspensos. 

Pedimos que se mantenha distância mínima de 2 metros de qualquer pessoa nas dependências do clube para não permitir condições de disseminação do vírus.

 Ao longo deste período manteremos nossos sócios informados nos meios de comunicação oficiais do clube: Site, Facebook, Instagram, Twitter e Newsletter.

Atenciosamente,

Pedro Pesce
Comodoro

Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2021

Vídeo institucional do 7º Campeonato Brasileiro de 29er pode ser conferido na íntegra no Youtube do Jangadeiros!

Já está disponível na íntegra, no Youtube do Clube dos Jangadeiros, o vídeo institucional completo do 7º Campeonato Brasileiro da classe 29er, realizado entre os dias 1º e 06 de fevereiro nas águas do Guaíba.

A produção conta com os melhores momentos da competição, além de depoimentos dos atletas, técnicos e demais participantes do evento. No campeonato, a JangaStorm, vela jovem do CDJ, conquistou o título com a dupla Vinícius Koeche e Gabriel Simões, além do 4º lugar da dupla Lorenzo Balestrin e Pedro Breternitz, o vice-campeonato na categoria feminino, com as velejadoras Manoela Pereira da Cunha e Joana Ribas, e também o 1º lugar na categoria sub-17, com Maria Eduarda Claudino e Luana Kath Strassburger.

O vídeo institucional do 7º Campeonato Brasileiro de 29er é uma realização do Clube dos Jangadeiros, produção e edição por Camejo Comunicação | Vídeo e imagens aéreas por AirWave.

CLIQUE AQUI E CONFIRA!

Campanha de cadastro das bicicletas do Jangadeiros segue em andamento!

Objetivo da ação de cadastramento é garantir o maior controle e preservação das bikes que são armazenadas na sede e pode ser efetuado na secretaria administrativa.

Sua bicicleta está guardada no Jangadeiros? Então realize o cadastro na secretaria administrativa do Clube! Durante o mês de fevereiro, o Clube dos Jangadeiros realiza uma campanha de cadastramento das bicicletas armazenadas na sede, com o objetivo de garantir o maior controle, resguardo e preservação das bikes que são guardadas no clube, além de evitar o abandono das bicicletas pelas dependências do continente e da ilha.

A partir do dia 1º de maio, haverá uma taxa de 15 reais por mês para cada bicicleta armazenada no Clube e, para assegurar a fiscalização de todas as bikes, é obrigatório que elas sejam cadastradas no sistema do Jangadeiros. Para realizar o processo é simples: compareça à secretaria administrativa do CDJ e comunique as informações necessárias, como modelo e cor da sua bicicleta. Este procedimento também pode ser realizado pelo WhatsApp (51) 3094.5776 ou pelo e-mail jangadeiros@jangadeiros.com.br.

Além do controle dos equipamentos, a campanha do Jangadeiros busca estimular a prática do ciclismo aos sócios e suas famílias, uma vez que o exercício traz benefícios para a saúde e bem estar de todos e pode ser realizado tranquilamente na Ilha, em um ambiente repleto de natureza e segurança.

Para mais informações sobre o cadastro de bicicletas e como realizar o procedimento basta entrar em contato com o telefone/WhatsApp (51) 3094.5776 ou pelo e-mail jangadeiros@jangadeiros.com.br. 

Contagem regressiva para a realização da Seletiva de Optimist 2021 no Clube dos Jangadeiros!

Competição, que acontece entre 27 de fevereiro e 06 de março, vai definir os velejadores brasileiros que competirão nos campeonatos internacionais da classe.

Faltam poucos dias para o início da Seletiva de Optimist 2021 no Jangadeiros! Entre os dias 27 de fevereiro e 06 de março, o Clube vai promover a competição que contará com os principais nomes da classe no Brasil e expectativa de regatas competitivas nas águas do Guaíba.

A competição define quem serão os velejadores que vão representar o País nos campeonatos internacionais da classe e, junto com a soma do a soma dos resultados da Seletiva com o 49º Campeonato Brasileiro, realizado em janeiro, determina os velejadores que vão competir no Campeonato Mundial de Optimist, o Campeonato Europeu, o Campeonato Norte Americano, o Campeonato Asiático e o Campeonato Sul-Americano da classe.

As inscrições serão feitas previamente por e-mail, não havendo a necessidade de comparecimento presencial para realizar o procedimento. A confirmação de inscrição será feita pelos Capitães da Flotilha através do e-mail da secretaria esportiva: esportiva@jangadeiros.com.br. 

De acordo com o Aviso de Regatas, estão programadas até 12 regatas para a competição, que acontecem entre os dias 1º e 06 de fevereiro, sendo que até 3 regatas podem ser navegadas por dia.

Ainda segundo o AR, caso o número de inscritos ultrapasse 80 velejadores, os competidores poderão ser divididos em duas flotilhas (amarela e azul) para velejar uma série classificatória, seguida por uma série final. A largada está prevista para às 13h, exceto no sábado (06), que terá largada prevista para às 12h. A cerimônia de premiação do evento será realizada no final da tarde do sábado, 06 de março, na Sede da Ilha, onde serão premiados:

– 1º ao 10º lugar geral
– 1º ao 3º lugar mirim (masculino e feminino)
– 1º ao 3º lugar infantil (masculino e feminino)
– 1º ao 3º lugar juvenil (masculino e feminino)

Para promover o Campeonato, o Clube dos Jangadeiros seguirá as medidas de contenção ao COVID-19, tais como prática de medidas rígidas de higiene com a lavagem das mãos com a água e sabão, utilização do álcool liquido ou em gel, quando não for possível lavar as mãos em água corrente; e uso da máscara de proteção durante o evento. Clique aqui e confira na íntegra a Cartilha de Prevenção ao Covid-19 do CDJ.

A Seletiva de Optimist 2021 é promovida pelo Clube dos Jangadeiros, a Confederação Brasileira de Vela (CBVela), a Federação de Vela do Rio Grande do Sul (FEVERS) e a OPTIBRA. Clique aqui e confira o Aviso de Regatas.

Comandante Enio Luis do Espírito Santo, do veleiro Abequar, compartilha experiência de viver a bordo em navegada na costa brasileira

Associado do Jangadeiros destacou os principais pontos na sua trajetória de velejada e vivência no barco CAL 9.2 durante o período de isolamento.

“Ter essa experiência é viver, e o que a gente leva dessa vida é a vida que se leva. São as histórias que a gente tem para contar”. É com essa frase destacada pelo Comandante Enio Luis do Espírito Santo, do veleiro Abequar, que compartilhamos nesta semana a sua experiência vivendo a bordo do seu CAL 9.2 e, ao mesmo tempo, navegar pela costa brasileira durante o período de isolamento social.

Mas antes de entender como foi esta aventura é preciso saber como surgiu essa motivação. A ideia de viver a bordo em um veleiro, de acordo com Enio, veio durante sua adolescência, quando teve o primeiro contato com a vela. Naquela ocasião, o irmão mais velho do Comandante começou a velejar e o levou junto, o que fez gostar muito da prática e, mais além disto, foi o ponto essencial para fazer nascer a vontade de estar a bordo de um barco. E este sentimento ficou adormecido até 2004, conforme destaca. “Neste ano, minha irmã se casou e, como o marido dela é velejador, voltei então a velejar com ele e lembrei que tinha essa vontade, pois lá na adolescência eu tinha lido os vários livros sobre o tema e já tinha contato com estas aventuras. Voltei a velejar em 2004 e já com a vontade muito grande de passar a vida a bordo”, disse Enio, que começou em um Tchê e agora está com o CAL.  

Com a chegada da pandemia e todas as dificuldades geradas por esta situação, sua empresa ofereceu uma licença não remunerada. Mas foi neste momento que se abriu a oportunidade de concretizar aquilo que havia iniciado após seu primeiro contato com a vela. Então, o Comandante soltou as amarras e saiu da marina do Clube dos Jangadeiros no dia 18 de abril de 2020. A primeira etapa da sua viagem foi descer a lagoa e depois subir para Florianópolis, velejada que contou com a companhia de dois amigos de seu trabalho. “Inicialmente, o objetivo era ir até Ubatuba, mas conforme o tempo de isolamento aumentava, resolvi continuar subindo para a costa do nordeste. Cheguei em Florianópolis no dia 1º de maio e, após isso, segui sozinho nas demais etapas da experiência, exceto na etapa de Porto Seguro a Maraú, onde minha namorada me acompanhou. Em média foram entre 15 e 20 dias em cada lugar que passava”, relata.

  

Durante sua subida, diversos foram os locais em que o Comandante passou e pode conhecer em sua viagem, sendo eles: Porto Alegre – Barra Falsa do Bojuru – São Lourenço do Sul – Pelotas – Rio Grande – Florianópolis (volta completa na ilha) – Porto Belo – São Francisco do Sul – Joinville (navegado pela baia da Babitonga) – Paranaguá – Antonina – Canal do Varadouro – Cananéia – Ilhabela – Ubatuba – Niterói – Arraial do Cabo – Vitória – Abrolhos – Caravelas – Nova Viçosa – Santo André (Sta. Cruz de Cabrália)  – Barra Grande/Maraú/Tremembé – Salvador (navegado pela Baía de Todos Os Santos) – Barra do Rio São Francisco (navegado até a cidade de Penedo) Barra de São Miguel, onde está atualmente.

“Como deu para perceber, eu passei “batido” pela região de Angra dos Reis e Paraty, que são lugares fantásticos, pois queria pegar a época de ventos favoráveis para subir para o Nordeste. Inicialmente, eu iria só até Santa Cruz de Cabrália, mas depois resolvi subir um pouco mais. Ainda bem, porque eu ainda estava com vento favorável, pois agora o vento, aqui de Salvador para cima, ficou bem contra. Eu iria até Recife, mas então desisti porque estava muito sacrificante, o barco estava estragando muito no contravento. Eu fiz Salvador até a Barra de São Francisco, foram 54 horas em uma orça apertada. Da Barra de São Francisco até a Barra de São Miguel, que é um trajeto de pouco mais de 70 milhas, eu fiz em 24 horas, e tive que fazer bordo para poder chegar. Logo, daqui até Recife iriam ser quase dois dias dando bordo, por isso desisti”, revela.

Com o trajeto repleto de lugares e culturas diferentes, obviamente inúmeras lembranças ficam guardadas durante a grande experiência de velejar na costa do Brasil. Além de presenciar a natureza, o pôr do sol, os climas e tantas outras belezas das regiões, o sócio destacou alguns dos pontos que surpreenderam durante a navegada. “Ter a oportunidade de experimentar e vivenciar isso é muito legal. Conheci cidades que me surpreenderam, como São Francisco do Sul, uma cidadezinha com um centro histórico encantador. Penedo, aqui no Rio São Francisco, também é uma cidade histórica com vários monumentos e prédios bem cuidados. Dentro de tudo que eu vi, o que achei mais legal, pela sua singularidade, foi a cachoeira de Tremembé, que fica na península de Maraú. Eu consegui entrar com o veleiro vindo do mar, entrando no rio Maraú, e depois na cachoeira. Foi um dos pontos mais marcantes dessa viagem, apesar de ter um encalhe feio nas proximidades, relata o Comandante, que completa detalhando a experiência: “o barco chegou a cinquenta metros da cachoeira. No dia anterior eu fui com a maré vazando e encalhei em um barranco. O barco montou naquilo e a maré estava vazando, chegou a ficar adernado, inclinando o veleiro em uns 30 graus. Só que em seguida, a maré já estava enchendo, dormi ali próximo e, após, um ribeirinho me levou com meu barco até a cachoeira”, conta.

Já com grande parte do ano passando uma vivência a bordo, é impossível não notar as diferenças entre a vida no barco e a vida na cidade. Conforme ressalta Enio, a diferença é muito grande, pois diferente da cidade, que demanda uma série de necessidades durante o dia a dia, a vida a bordo é muito mais simples, baseada apenas em viver, se alimentar e cuidar da manutenção do barco, o que ele classifica como uma simplicidade marcada pela ‘volta às origens’. “Além da vida simples, viver a bordo te remete a uma situação de minimalismo, de essência, do que você precisa para viver. A liberdade que se tem dentro de um barco é fantástica. O teu limite é o horizonte, onde teu olhar enxerga e isso não tem preço”, disse.

Agora, passado o feriado de Carnaval, o Comandante Enio começa a preparar o seu retorno aos poucos. E para isso, a ideia é descer a costa devagar, planejando chegar em Angra e Paraty no mês de abril, onde ficará por volta de cinco a seis meses para conhecer a região. Depois disto, volta para o Sul para retomar o trabalho entre o final de novembro e o início de dezembro. Mas antes disse, ele deixou uma mensagem especial de incentivo a todos os navegadores sobre a sua experiência.

“Aproveitem a oportunidade que tenham para fazer isso. Ter essa experiência é viver. O que a gente leva dessa vida é a vida que se leva. São as histórias que a gente tem para contar. Não deixem de aproveitar essas oportunidades, não esperem para depois. Mesmo que não seja o momento certo, o barco certo/dos seus sonhos, realizem. Digo isto pois não era o momento que eu esperava e nem com o barco que eu imaginava, porque o CAL é um barco forte, e posso garantir que é, pois, passei por situações bem complicadas com ele, mas não é um barco que eu tenha um pé direito, que eu consiga ficar em pé. Não seria meu barco ideal, mas era o que eu tinha. Faça dentro das suas possibilidades, não esperem o momento ideal para fazer a sua história. Viva ela agora dentro das suas condições”, finaliza.

Confira abaixo todas as imagens compartilhadas pelo Comandante:

Flotilha da Jangada realiza clínica especial em preparação para a Seletiva de Optimist 2021

Sequência de treinamentos para atletas de vão disputar a competição será promovida entre os dias 20 e 24 de fevereiro, em parceria com as flotilhas do Iate Clube de Santa Catarina e Cabanga Iate Clube de Pernambuco.

De 20 a 24 de fevereiro, a Flotilha da Jangada, do Clube dos Jangadeiros, vai realizar uma clínica especial visando a preparação dos atletas para a disputa da Seletiva de Optimist 2021. 

A atividade é promovida em parceria com as flotilhas do Iate Clube de Santa Catarina e Cabanga Iate Clube de Pernambuco. Serão cinco dias de treinamento e preparação para os velejadores que vão participar da competição que define os representantes do Brasil nos campeonatos internacionais da classe: o Campeonato Mundial de Optimist, o Campeonato Europeu, o Campeonato Norte-Americano, o Campeonato Asiático e o Sul-Americano.

A clínica será realizada em dois turnos e todas as vagas já foram preenchidas. A Seletiva de Optimist acontece de 27 de fevereiro a 06 de março, reunindo os principais nomes da classe nas águas do Guaíba.