CBVela muda critério para definir velejadores nos Jogos de 2016

Depois de seguidos ciclos olímpicos com seletivas nacionais para a definição dos representantes da vela brasileira em Jogos Olímpicos, a regra mudou para a Rio-2016. Por decisão da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), o critério agora será a indicação após análise do desempenho dos atletas nas competições internacionais.

– Todas as maneiras têm suas vantagens e desvantagens. Nenhuma é perfeita. Vários países têm optado por esse modo com sucesso. Como esse é um ciclo olímpico especial, em que devemos ter mais recursos do que o normal, optamos por essa maneira – explicou o velejador Torben Grael, contratado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para ser o técnico-chefe da modalidade até os Jogos de 2016.

A Olimpíada do Rio terá dez classes, com uma vaga por país em cada uma. Disputada em Niterói (RJ) na última semana, a Copa Brasil de Vela definiu a Equipe Brasileira de Vela para 2014 e deu o pontapé para a briga pelas vagas nos Jogos. Esses velejadores – dois representantes por classe – receberão apoio da CBVela durante o ano para a participação em competições internacionais. Mas nada impede que outros atletas entrem na disputa pelas vagas na Olimpíada. É o caso das velejadoras do Jangadeiros Fernanda Oliveira e Ana Barbachan (foto), que não participaram do evento realizado em Niterói, mas tem apoio garantido pela confederação.

Pelo critério da CBVela, um comitê técnico foi criado para escolher os velejadores. Torben lidera o grupo, que deverá ter mais quatro ou cinco pessoas. A ideia é ter a equipe definida no fim de 2015. Para Londres-2012, os velejadores que classificaram suas classes para a Olimpíada no Mundial de Perth (AUS), em 2011, e depois venceram a seletiva nacional em Búzios (RJ), no início de 2012, se garantiram na Olimpíada. Somente a 470 feminina precisou de um desempate no Troféu Princesa Sofia, em Palma de Mallorca (ESP).

Para 2016, o Brasil tem a vaga garantida em todas as dez classes.

Equipe formada para 2014

Se a escolha dos velejadores para 2016 teve seu critério alterado, o mesmo aconteceu na formação da Equipe Brasileira de Vela. Em vez dos tradicionais Brasileiros de cada classe, a CBVela optou por reunir as classes num único evento.

– As classes olímpicas não são muito populares. Quando fazemos separado, fica difícil atrair a mídia, conseguir patrocinadores. Com todas as classes juntas, valendo como o Brasileiro, fica bem melhor de trabalhar – afirmou Torben Grael.

Em 2014, os velejadores receberão apoio da CBVela para a disputa das etapas da Copa do Mundo e para o Mundial da Federação Internacional de Vela (Isaf), em Santander, na Espanha, entre os dias 8 e 21 de setembro.

Equipe Brasileira de Vela em 2014:

RS:X feminino

Patricia Freitas e Bruna Martinelli.

RS:X masculino

Ricardo Winicki e Albert de Carvalho.

Finn

Jorge Zarif e Bruno Prada.

Laser Standard

Robert Scheidt, Matheus Dellagnelo e Bruno Fontes. Segundo Torben, são três velejadores porque a classe é a que tem os melhores resultados do Brasil e por ser uma das mais baratas.

Laser Radial

Fernanda Decnop e Odile Ginaid.

470 feminino

Renata Decnop/Isabel Swan e Leticia Nicolino/Mareana Gouvea. A medalhista olímpica Fernanda Oliveira, que foi mãe recentemente e está no top 10 da classe, também tem apoio garantido pela confederação.

470 masculino

Henrique Haddad/Bruno Bethlem e Geison Mendes/Gustavo Thiesen

49er

Dante Bianchi/Thomas Low Beer e Andre Fonseca/Mario Tinoco (filho de Torben ficou em terceiro)

49er FX

Martine Grael/Kahena Kunze e Juliana Senfft/Gabriela Nicolino.

Nacra 17

Clinio de Freitas/Claudia Swan e Samuel Albrecht/Geórgia Rodrigues.

Por Felipe Mendes, do Lance!

Foto: Marcio Rodrigues/Arquivo.

Terminou neste sábado a Copa Brasil de Vela

Com regatas próximas ao público, foram definidos neste sábado, dia 11 de janeiro, os campeões da Copa Brasil de Vela. Iniciado no dia 4, na praia de São Francisco, em Niterói, o evento contou com a presença de brasileiros e estrangeiros, todos em busca da tão sonhada vaga para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016. Diferente dos outros dias, quando as regatas foram disputadas nas futuras raias dos Jogos, dentro e fora da baía de Guanabara, neste sábado as finais realizadas na enseada de São Francisco, bem próximas ao público. E quem esteve presente pôde ver de perto grandes nomes do iatismo mundial como Robert Scheidt, Bruno Prada e a inglesa Marit Bowmeester, medalhista de prata na classe Laser Radial em Londres. Representaram o Jangadeiros na competição, as duplas Fábio Pillar/Mathias Melecchi e Tiago Brito e Andrei Kneipp, ambas na classe 470. As tripulações ficaram em 6º e 7º lugares, respectivamente.

Estrela da festa, o vento mais uma vez demorou a aparecer em Niterói e a espera em terra foi grande. As largadas das primeiras regatas foram dadas depois das 15h, com o vento fraco e bastante rondado. Os primeiros a velejar foram as meninas do 49er FX e os meninos do Laser Standard. Entre as mulheres, a briga foi muito acirrada entre a dupla Martine Grael e Kahena Kunze e as inglesas Frances Peters e Hayling , com marcação cerrada e troca de bordos bem próximas à praia.  No final, vitória apertada para o Brasil.

“A regata hoje foi muito emocionante e exigiu muito do nosso preparo físico porque o vento foi bem inconstante. Ficamos muito próximos do público hoje e fizemos manobras bem pertinho dos banhistas, dava para escutar o narrador comentando a regata e foi legal para caramba, ainda mais com esse desfecho. A organização do evento está de parabéns porque é muito interessante ter esse contato com o público, muita gente talvez nem soubesse o que era o esporte e, quando saímos da água, começaram a comemorar e gritar Brasil. Foi muito bom”, disse Martine Grael.

Na Laser Standard, Robert Scheidt foi terceiro colocado na única regata do dia, mas garantiu o primeiro título de 2014 graças à vantagem acumulada na fase classificatória. O vencedor da regata da medalha foi o catarinense Matheus Dellagnelo, seguido pelo inglês Nick Thompson. “O vento estava muito rondado e diminuiu muito na terceira perna. Consegui segurar os outros velejadores e fazer uma regata perfeita. Regata da medalha tem dessas coisas”, disse Matheus, comemorando a vitória sobre Scheidt. “É sempre bom ganhar dele. Ele dominou a semana inteira, hoje foi a minha vez”, completou Matheus.

Na regata do 49er, os ingleses Dyla Fletcher e Alain Sign já tinham garantido o ouro durante a fase classificatória, porém o vento na baía de São Francisco não colaborou e apenas duas duplas brasileiras completaram a regata. Com a soma dos resultados, os brasileiros Dante Bianchi e Thomas Low Beer ficaram com a prata e André Fonseca e Mario Tinoco, com o bronze.

Na Laser Radial, pódio 100% internacional. A holandesa Marit Bowmeester, sétima colocada na regata da medalha, garantiu o título da competição, seguida pela inglesa Erika Reineke e pela americana Hannah Snellgrove. Fernanda Decnop, de Niterói, foi a primeira brasileira na classificação e comemora o bom resultado do dia: “Eu larguei em primeiro e optei por administrar a regata. Tinha que marcar algumas velejadoras para garantir o quarto lugar geral, então outras acabaram me passando. No final, terminei em terceiro, bem pertinho da segunda”, disse Fernanda.

Na Nacra, vitória do casal Clinio Freitas e Cacau Swan tanto na regata da medalha quanto no acumulado do campeonato. “O vento estava completamente maluco e nós demos sorte em pegar as rajadas certas”, disse ela, que participou dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992.

Na classe 470, em que homens e mulheres excepcionalmente correram juntos, a vitória foi dos franceses Sofian Bouvet e Jeremie Mion. Eles ficaram em quartos lugar na regata da medalha, abrindo três pontos sobre os argentinos Maria Fernanda Sesto e Juan de La Fuente. Henrique Haddad e Bruno Bethlem foram os primeiros brasileiros, na terceira colocação geral e segundo lugar na regata da medalha. “Ficamos muito contentes e surpresos com o resultado, das nove regatas nós só perdemos duas para os brasileiros. Estávamos ansiosos no começo e agora chegaremos mais tranquilos na nossa próxima competição, em Miami, daqui duas semanas. Este resultado foi importante, pois de agora em diante contaremos não só com o apoio da Marinha do Brasil, como também com o da CBVela”, disse Haddad.

Na Finn, mais um pódio internacional. Os ingleses dominaram a classe com Giles Scott em primeiro, Andrew Mills em segundo e Mark Andrews em terceiro. Jorginho Zarif, atual campeão mundial da classe, foi o primeiro brasileiro, na quarta colocação, a apenas dois pontos do pódio.

Entre os RS:X, Patrícia Freitas já havia garantido a vitória por antecipação, na sexta-feira, último dia da fase classificatória. Ricardo ‘Bimba’ Winicki também conquistou o título, invicto, após a disputa da regata da medalha. “Eu achei que fosse ganhar, mas não invicto. Fiquei bastante contente com o resultado e é sempre bom treinar e competir aqui na baía de Guanabara”, disse ele. 

Confira todos os resultados da Copa Brasil de Vela aqui.

 

Foto: Kyra Mirsky/PecciCom.

Estreia complicada para Fábio e Mathias na Copa Brasil de Vela

O primeiro dia de regatas da Copa Brasil de Vela foi marcado por espera em terra e sol forte. Após a abertura da regata, por conta do vento fraco, os velejadores tiveram que esperar na praia por quase meia hora antes de descerem para a área das provas. Quando finalmente o vento entrou, as classes 49er, 49er FX e Nacra seguiram para a raia da Ponte, o Laser Radial e Laser Standard e os 470 masculino e feminino foram para a raia da Escola Naval, enquanto os RS:X masculino e feminino e o Finn foram para o Flamengo. No final do dia, quem saiu feliz foi a equipe inglesa, que lidera em três classes.

Representantes do Jangadeiros na classe 470, Fábio Pillar e Mathias Melecchi (foto) não tiveram um começo fácil. “Estávamos na frente na primeira regata, quando rasgou o nosso balão e tivemos que abandonar”, lamentou Fábio. A dupla se recuperou na prova seguinte, na qual obteve o 2º lugar. O resultado deixou Fábio e Mathias na quarta colocação, com 10 pontos perdidos, mesma pontuação de Tiago Brito e Andrei Kneipp, que estão em 6º lugar. A liderança é dos franceses Bouvet Sofian e Mion Jeremie, que venceram as duas regatas realizadas.

Confira a súmula completa aqui.

Flotilha da Jangada disputa o 42º Brasileiro de Optimist

Começam na tarde desta terça-feira, dia 7 de janeiro, as regatas do 42º Campeonato Brasileiro da Classe Optimist.  Sediada pelo Cabanga Iate Clube (CIC), a competição acontece na Praia de Maria Farina, em Pernambuco, e vai até o próximo domingo, dia 12. Serão cerca de 150 velejadores, de 7 a 15 anos, disputando as provas e representando clubes náuticos de todo o país.

A Flotilha da Jangada está lá e tentará repetir 2013, quando obteve ótimos resultados, como o terceiro lugar geral de Pedro Zonta, as seis vagas para o Sul-Americano da classe e o segundo lugar por equipes, conquistado pelo Rio Grande do Sul. No nordeste brasileiro, o time do Jangadeiros conta com a liderança do Capitão da Flotilha, Cid Paim, e da vice capitã, Patrícia Fuhro Vilas Boas, além do comando técnico de Átila Pellin, Lucas Mazim e Salvatore Meneghini. Ao todo, 12 velejadores representam o clube: Breno Kneipp, Daniel Ely, Gabriel Kern, Giovanne Pistorello, Guilherme Plentz, Ian Paim, João Emílio VAsconcellos, João Luka Moré, João Pedro Tatsch, Lorenzo Balestrin Corrêa, Lorenzo Bernd e Vitor Paim.

Velejadora Joana Vilas Boas Ribas é campeã em Pernambuco

A integrante da Flotilha da Jangada Joana Vilas Boas Ribas (na foto, de colete vermelho) segue com a corda toda. Depois de mostrar talento e vencer diversas regatas nas águas do Guaíba, a atual campeã estadual estreou em competições nacionais no último sábado, dia 4, na Copa do Brasil de Optimist Estreante. Realizado na praia de Maria Farinha, em Pernambuco, o evento contou com a participação de 35 competidores e terminou nesta segunda-feira, dia 6. Com um desempenho bastante regular nos três dias de provas, Joana sagrou-se campeã na categoria Mirim, em uma dobradinha com a amiga e companheira de equipe Luiza Howes Moré, segunda colocada. Além das velejadoras, o jovem Antonio Albuquerque representou o Jangadeiros no evento. Ele terminou em 30º lugar na classificação geral.

A Copa do Brasil de Optimist Estreante faz parte do 42º Campeonato Brasileiro da classe, que vai até o próximo domingo, dia 13. Nesta terça-feira, dia 7, começarão as regatas destinadas aos veteranos.

 

Classificação Geral da Copa do Brasil de Optimist:   

1º Vinícius Gondim Pereira

2º Martin Garcia Chao

3º Stefano Motta Geronimi

4º Nicolas Yudji Bernal

5º Pietro Motta Geronimi

6º Rafaela Motta Monteiro de Sales

7º Guido Visconti Hirth

8º Rodrigo Vilarroel

9º Rafael Ramos de Macedo

10º Leo de Brito Accioly

 

Mirim

1º Joana Vilas Boas Ribas

2º Luiza Hones Moré

3º Pedro Henrique Wiegand

 

Infantil

1º Vinícius Gondim

2º Stefano Motta Geronimi

3º Nicolas Yudji Bernal

 

Juvenil

1º Martin Garcia Chao

2º Pietro Motta Geronimi

3º Rodrigo Villarroel

 

Feminino

1º Rafaela Motta Monteiro de Sales

2º Samara Correa Padilha Coelho

3º Paula Xavier da Rocha Vianna

Flotilha da Jangada estreia na Copa do Brasil de Optimist Estreante

Começou neste sábado, dia 4 de janeiro, a Copa do Brasil de Optimist Estreante, competição que faz parte do 42º Campeonato Brasileiro da classe. O evento está sendo realizado na praia de Maria Farinha, em Pernambuco, e reúne 35 competidores. As regatas vão até a próxima segunda-feira e contam com a participação de três integrantes da Flotilha da Jangada: Joana Vilas Boas Ribas, Luiza Howes Moré e Antonio Albuquerque.

As duas primeiras regatas da competição foram disputadas com mar calmo e ventos de 12 nós. Quem terminou o dia em primeiro lugar foi o paulista Nicolas Bernal, do Yacht Club Santo Amaro, com a jovem Rafaela Monteiro de Salles, do Iate Clube do Rio de Janeiro, liderando entre as meninas. Décima primeira colocada no geral, Joana está em segundo lugar no feminino e é a melhor na categoria Mirim. Luiza é 20ª colocada (6ª no feminino) e Antônio, o 26º.

Duas duplas da classe 470 disputarão a Copa Brasil de Vela

A cidade de Niterói sediará o primeiro evento de vela voltado às classes olímpicas, em 2014. Trata-se da Copa Brasil, que reunirá cerca de 300 competidores, em dez classes: Laser Radial e Standard, 470 masculino e feminino, RS:X masculino e feminino, 49er, 49er FX, Finn e Nacra 17. E, claro, os velejadores do Jangadeiros estarão lá. Serão duas duplas, ambas na classe 470: Fábio Pillar/Mathias Melecchi e Tiago Brito/Andrei Kneipp (foto). Eles viajaram nesta sexta-feira, dia 3, para o Rio de Janeiro e disputarão as primeiras regatas na próxima terça-feira.

Agora ao lado de Mathias, Fábio quer retomar o posto de número um do Brasil e representar o país nos Jogos Olímpicos de 2016. “Este campeonato é um recomeço na caminhada rumo a 2016. Agora, definitivamente com o parceiro certo e com o treinamento em dia, iniciarei uma campanha olímpica como ela deve ser feita”, afirma o velejador porto-alegrense, que venceu a Semana Brasileira de Vela em 2013, competindo em parceria com Samuel Albrecht. “Talvez essa seja a competição mais parelha na história da classe 470 no Brasil. Vão ser pelo menos três duplas disputando o título e, neste momento, é muito difícil apontar um favorito”, pondera Fábio, que tem no currículo uma participação olímpica (Pequim/2008) e um título mundial, na classe Laser Radial, em 2006.

Se para Fábio e Mathias o objetivo é o título, Tiago e Andrei entrarão sem tanta pressão. Os jovens velejadores gaúchos são estreantes neste tipo de evento e começam a trilhar agora o caminho olímpico. “Estamos bem motivados, mas, em um primeiro momento, a ideia é ir para ver como funciona”, conta Tiago. Ele e Andrei vêm de uma série de excelentes resultados, obtidos na classe 420, em 2013. A dupla é a atual campeã mundial da juventude e vice-campeã mundial e sul-americana da classe. “Os guris são muito bons e tem o biótipo ideal para o barco. Pode anotar: eles vão vencer regatas em Niterói”, aposta Fábio.

A Copa Brasil de Vela

A Copa Brasil de Vela acontecerá de 4 a 11 de janeiro, na Praia de São Francisco, em Niterói, Rio de Janeiro. A ideia da Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é que o desempenho dos velejadores na competição seja o principal critério para definir a equipe que irá representar o país no Mundial de Santander, em setembro, na Espanha. Além dos brasileiros, velejadores da Grã-Bretanha, Estados Unidos e Israel também confirmaram presença no evento, que é válido como Campeonato Brasileiro de classes olímpicas.

Fábio Pillar fala sobre a campanha olímpica

Um dos grandes talentos da atual geração de velejadores gaúchos, Fábio Pillar quer retomar o posto de número do Brasil na classe 470. Aos 27 anos, o atleta vem treinando duro ao lado do parceiro Mathias Melecchi para chegar afiado à Copa Brasil de Vela, que acontecerá de 4 a 11 de janeiro, na praia de São Francisco, em Niterói, Rio de Janeiro. A competição reunirá cerca de 300 velejadores, em dez classes olímpicas: Laser Radial e Standard, 470 masculino e feminino, RS:X masculino e feminino, 49er, 49er FX, Finn e Nacra 17. Além dos brasileiros, velejadores da Grã-Bretanha, Estados Unidos e Israel também confirmaram presença no evento, que ajudará definir a equipe brasileira para o Mundial de Santander, em setembro, na Espanha.

Representante brasileiro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, quando competia ao lado Samuel Albrecht, e campeão mundial de Laser Radial em 2006, Fábio sabe que o caminho não será fácil, mas mantém o otimismo. “Este campeonato é um recomeço na caminhada para os Jogos de 2016. Agora, com o parceiro certo e com o treinamento em dia, é uma competição para iniciar, de fato, uma campanha olímpica como ela deve ser feita”, pondera. Nesta entrevista, ele fala sobre os rumos da campanha para os Jogos de 2016 e a expectativa para a Copa Brasil de Vela.

A Copa Brasil de Vela

Talvez essa seja a competição mais parelha na história da classe 470 no Brasil. Vão ser pelo menos três duplas disputando o título e é muito difícil apontar um favorito. Outro ponto importante é que haverá tripulações de outros países, o que aumentará o nível técnico na raia, a média de pontos e a dificuldade nas largadas. Será uma condição muito interessante, com um intercâmbio com o pessoal de fora, ao mesmo tempo em que acontecerá a disputa interna entre os brasileiros. Não será tão bonito para quem estiver ali dentro, mas é algo muito importante para a vela brasileira.

Preparação

Conseguimos fazer um intensivo no segundo semestre de 2013. A parceria com o Mathias evoluiu muito. Participamos do Mundial com apenas três meses treinando juntos e, de lá pra cá, dobramos as horas de treino, o que fez aumentar muito a sintonia da dupla. Evoluímos tecnicamente e também fizemos uma preparação de uma semana no Rio de Janeiro.

A raia

Já velejei muito na raia da Baía da Guanabara. Óbvio que não a dominamos por completo, mas o básico dos macetes nós sabemos. Já competi de Laser, de Snipe, de Oceano e nunca perdi um campeonato da classe 470 lá.

2013

É difícil avaliar se as decisões foram acertadas ou não, mas eu diria que foi um ano ruim. Talvez tenha sido a fase mais complicada da minha carreira. Foi um período de pouco dinheiro, poucas viagens e no qual fiquei um bom tempo sem parceria.

O novo parceiro

O Mathias é meu amigo desde os tempos de Optimist; é um cara que veleja desde a infância e que sempre se manteve ativo na vela. Fiz o convite para iniciarmos a parceria sabendo que ele tinha um peso bom para o barco, disponibilidade, muita habilidade física e conhecimento técnico. Além de um grande amigo, o Mathias é um grande companheiro dentro do barco. Ele é um cara que entra de corpo e alma, se dedica mesmo. É uma aposta que vai dar certo!

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