Jangada News – 31 de agosto de 2018
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Lorenzo Balestrin e mais quatro velejadores da Equipe Brasileira começaram a disputa na quarta-feira (29) em Limassol, no Chipre
“Estamos levando uma excelente equipe para representar o Brasil e temos uma expectativa positiva. É um campeonato superimportante para o desenvolvimento dos velejadores, já que é a classe na qual se consegue detectar novos talentos da vela”, explicou Juan Ignácio Sienra, coordenador técnico da Vela Jovem e chefe da equipe na competição. A equipe já passou a última semana fazendo aclimatação no Chipre. No Mundial de Optimist, o treinador Felipe Novello é o responsável pelo comando técnico do time brasileiro.
Na vela, a classe Optimist é a porta de entrada, já que se trata de uma embarcação de pequeno porte, para crianças de até 60kg. O Campeonato Mundial terá disputa individual, prevista para ir até o dia 31 de agosto e a Copa das Nações (Nations Cup), com regatas por equipes, de 1º a 5 de setembro.
Texto: CBVela
Mobilize filhos e familiares para esta grande ação internacional de alerta sobre descarte irregular de resíduos sólidos nas cidades e nas águas. Também haverá ponto de limpeza de LIXO ELETRÔNICO a partir deste sábado no Continente
No Janga, pela sua vocação, as embarcações dos nossos velejadores estarão à disposição para levar voluntários na limpeza da Ilha do Presídio, no sábado (15), com saída marcada para às 13h30min. A entrega dos resíduos mudou, agora ficou definido que será na orla do Pontal, próximo a Fundação Iberê Camargo, local também conhecido como Pontal Melnick.
E a partir deste sábado (1º de setembro), o Clube também terá um posto de recolhimento de lixo eletrônico no Continente. Os materiais serão recolhidos pela Cooperativa Paulo Freire, responsável pela reciclagem de eletrônicos com a intenção de evitar que estes sejam enviados ao aterro sanitário. A medida vai gerar trabalho e renda a pessoas de baixa renda. Vamos juntos?
Disputa da tradicional classe, na qual conquistamos muitos brasileiros e mundiais, acontece de 7 a 9 de setembro, no Iate Clube de Santa Catarina, em Jurerê. Do nosso time, já estão definidos os nomes de Tiago Brito e Antonio Rosa, atuais campeões mundiais Júnior, Philip Rump e Guilherme Medaglia, Gabriel Kieling e Giovanne Pistorello, Diego Falcetta e Luiz Pejnovic
AVISO DE REGATA: https://bit.ly/2PiMeXb
Na classe SNIPE, os quatro primeiros lugares do Top 5 são do Clube:
1º lugar: Tiago Brito e Antonio Rosa
2º lugar: Fernando Kessler e João Daniel da Silva Júnior
3º lugar: Ader Santos e Cecílio Goulart
4º lugar: Caio Pantoja e Lucas Bagolin
Na classe 29er, conquistamos os 3 primeiros lugares:
1º lugar: Gabriel Kern e João Luka Moré
2º lugar: Giovanne Pistorello e Gabriel Simões
3º lugar: Amanda Plentz e Vitor Paim
Na LASER RADIAL, do Top 5 ficamos com o 2º e 4º lugares:
2º lugar: João Emilio Vasconcellos
4º lugar: Lucas Mazim
Confira os resultados aqui: https://bit.ly/2BPiAHr
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Parabéns a todos os vencedores e, em especial, à afinada tripulação do Delirium, comandada por Darci Rebelo, campeã da mais competitiva classe do campeonato, a ORC Internacional
Os ventos fracos da competição que oscilaram entre 3 a 5 nós não reduziram o calor da disputa e o bom clima da confraternização na Escola de Vela Barra Limpa. “A Quebra Gelo acontece em uma época em que vento é inconstante. Tradicionalmente é difícil, tem que manter um olho na vela e outro nas marolas para detectar previamente o que está acontecendo na raia. A disputa foi acirrada na água com mudanças radicais de percurso devido ao vento ter rondado de 180º”, explica o comandante DARCI REBELO.
Na classe RGS, o título é do Drakkar, do comandante LEONARDO SANT’ANNA, também do Jangadeiros. Na Microtonner 19, venceu o Batucada, do comandante JOSÉ EDUARDO ARAÚJO (SAVA). O valente Viking, acostumado a velejar por lugares improváveis, de CRISTIAN YANZER, trouxe mais uma medalha para o Clube. Ficou em 1º lugar no Velejaço, na Muller 315. Já na Cruzeiro 30, o Stromboli, do comandante PEDRO CHIESA, mais um do Jangadeiros, foi o barco campeão. No comando do Calafate, GUSTAVO BOHER (Veleiros do Sul) levou o título na Cruzeiro 26.
“Foi muito bacana mesmo com vento fraco. Os adversários eram muito qualificados e a tripulação está de parabéns. Além de tudo, fez um baita dia”, comentou LEONARDO SANT´ANNA.
Darci Rebelo: “Eu sempre convido a todos: Venham velejar. Às vezes, a gente briga na raia, mas é algo sempre muito construtivo e gratificante. Acabamos nos envolvendo na regata e esquecendo os problemas do dia a dia”
Quando tinha doze anos, há 44 anos, Darci queria ser velejador, mas os pais não deixaram. “Um amigo velejava no Jangadeiros, mas eles achavam perigoso”. Um dia o menino ganhou um mini buggy, só que o motor fundiu: “O que fiz? Botei uma vela e fiquei andando. Nem se sonhava falar em windcar”.
Depois desta primeira experiência na vela, aos 18, o desejo de velejar continuava. Darci , então, comprou um barco Hobie Cat. Aos 19, casou e ganhou de presente de lua de mel uma estadia no Club Med, na Bahia. Ao chegar lá ficou deslumbrado com as aulas de vela. “Minha esposa, a Toly, costuma brincar que fiquei mais na água, aprendendo a velejar de Windsurf e Laser, do que em terra”.
Alguns anos depois, Darci comprou um Oday-23. Alternava as regatas de Hobie Cat com os passeios com a família. A esposa Toly era parceira das velejadas de Oday-23 com os filhos pequenos. “A Toly é valente, já velejou de Pelotas para Porto Alegre com 30 nós de vento. Não enjoa e nem se assusta. Não é regateira, mas até já correu uma regata noturna de Hobie Cat. São 37 anos de cumplicidade”.
Em 1997, o novo barco foi um Delta 32. Momento que começou a correr na classe RGS. “Ganhamos vários campeonatos”. Foi depois a vez da IMS, atual ORC. “Era uma classe muito disputada. Na primeiro regata que corremos, o prêmio era um carro zero quilômetro. Era muito competitivo, pois vinham barcos da Argentina, Uruguai, São Paulo e Rio para competir conosco, Até que começamos a nos dar conta de que podíamos vencer na IMS e depois na ORC também”.
“Muito mais do que uma tripulação, esta é a Família Delirium”
A tripulação de amigos do oceano, que venceu a disputa no último sábado (18), conta com seis velejadores, além de Darci: Carlos Silva, Régis Silva, Christian Hofstaetter e Eduard Wilson. “A tripulação também tem outros membros que velejam e comem churrasco juntos há décadas, o Carlos Felipe Hofstaetter, o Tiago Silva e o Marcus Silva. Muito mais do que uma tripulação, esta é a Família Delirium”.
Os irmãos Carlos e Regis Silva, parceiros de Darci na tripulação há cerca de 22 anos, comemoram a longa data com o comandante: “Aprendemos muita coisa juntos, passamos por muitas dificuldades também”, lembra Carlos. Regis, de 37 anos, diz que começou a velejar aos 16, “mas a minha primeira regata foi com o barco Delirium, com o Darci”, frisa.
O dia a dia do campeão é atribulado. Envolve as tarefas em um escritório, onde exerce o Direito – ele também é formado em Engenharia -, mas sempre encontra tempo para o barco. O comandante tem na vela uma “terapia”, em suas próprias palavras.
Darci tem três filhos, Nikolai, Aleksei e Natasha, uma neta, Laura. Mais dois netos que estão a caminho, os gêmeos Lucca e Bento. “Meus filhos correram algumas regatas, mas acabaram tomando outros rumos”, conta.
Conhecido como um fotógrafo (não profissional) de alta sensibilidade e de aventuras por lugares de tirar o fôlego de tanta beleza, o cruzeirista Bruno está a caminho de Recife para iniciar, no dia 29 de setembro, a Regata Internacional que encerra nas águas cristalinas de Fernando de Noronha
Tudo na Refeno começou em 1986, com apenas 22 participantes. O mar, o vento, o clima de Pernambuco e as irresistíveis paisagens da região atraem, cada vez mais, velejadores de todo o mundo. BRUNO PRISCO e comandante ADEMIR DE MIRANDA, o “Gigante”, partiram do Rio embarcados no experiente Entre Pólos, de 42 pés. Até encontrar os amigos que completarão a tripulação de seis velejadores para competir na classe Aço, os dois fizeram uma parada em Abrolhos, onde está concentrada a maior diversidade marinha do Atlântico Sul, em uma extensa área terrestre que vai do Rio Doce, no norte do Espírito Santo, ao Rio Jequitinhonha, que fica ali no finzinho da Costa do Descobrimento, no sul da Bahia. Neste sábado (25), está prevista a chegada em Salvador.
Os barcos partem do Marco Zero, ponto turístico do Recife, no dia 29 de setembro e seguem com destino a Fernando de Noronha. São 295 milhas náuticas de percurso, ou 545 km entre céu e mar. Mas não é apenas o barco que chega primeiro que recebe prêmio na regata mais charmosa do Brasil. Além do Fita Azul, os três primeiros colocados das diversas classes também recebem troféus. Outras premiações também fazem a alegria dos competidores, como o primeiro estrangeiro a cruzar a linha de chegada, o barco que vem de mais longe, o tripulante mais jovem, o mais velho e o barco com maior percentual de mulheres a cruzar a linha de chegada e não termina por ai, ainda tem prêmio para o penúltimo colocado que leva o Troféu Tamar: tartaruga marinha.
Nosso veloz guri de muitos títulos está no Chipre participando do Campeonato Preparatório Mediterrâneo e depois irá enfrentar mais de 200 jovens velejadores nas águas de Limassol, segunda maior cidade do Chipre, em uma raia de ventos médios a fortes
Em seu último ano na classe de Optimist, Lorenzo, de 15 anos, é um colecionador de vitórias nas categorias Mirim, Estreante e Veterano, em campeonatos locais, nacionais e internacionais. Cria da Escola de Vela Barra Limpa desde 2012 e do técnico Átilla Pelin, Lucas Mazim e, mais recentemente treinando com Salvatore Meneghini, Lorenzinho, como é chamado pelos mais próximos, é um atleta de poucas palavras e muita ação. Em boa parte das fotos que posa, exibe irreverência e uma vocação de campeão.
– E aí Lorenzo, como está o preparo para o Mundial do Chipre?
Tudo certo, acabei de treinar duas semanas no Rio. Estou bem confiante.
– Qual a tua expectativa?
Estou com a meta de ficar no Top 50, meta baixa para ficar mais tranquilo.
– Tens notícias das condições da raia e do vento?
Acho que são uns 35 graus de temperatura, mas não tenho ideia do vento.