Fotos de época e depoimentos emocionaram no evento que comemorou mais de seis décadas da história da Flotilha de Snipe do Jangadeiros

“No mundial de 67, nas Bahamas, éramos a única dupla com barco de madeira. Todo mundo tinha barcos modernos, de fibra. Quando ganhamos, o pessoal tirava foto do nosso barco e não acreditavam que tinham perdido”, relembrou Carlos Henrique de Lorenzi, o Dedá, um dos muitos personagens que deixaram sua marca na Flotilha Snipe do Clube. Foram através de histórias como essa que os presentes viajaram pelos mais de 60 anos da Classe. Com um clima descontraído e familiar, o evento, que aconteceu no sábado (4), lotou o Espaço Gourmet do Clube Jangadeiros.

“Não há dúvidas de que encontros como esse são absolutamente necessários e bem vindos, onde resgatamos uma parte importante da história do clube, uma história bonita. É também uma maneira leve de passar essas informações para os jovens que hoje velejam na classe Snipe, para que eles conheçam a história da Flotilha”, disse o Comodoro do Clube Manuel Ruttkay Pereira.

O atual capitão da Flotilha Snipe, Gabriel Kieling, abriu a apresentação dizendo que  “para conseguir resgatar tantos anos de história, não teria sido possível sem a ajuda de muitas pessoas. A classe Snipe marcou o Clube e este encontro quer relembrar isso”.

Um dos organizadores do evento e atleta da Flotilha Snipe, Guilherme Medaglia, foi o responsável por coletar as fotos e fazer a montagem dos preciosos slides, com fotos de diferentes épocas e informações ricas sobre a Flotilha.  Não deixe de “curtir” o link abaixo, é imperdível.

FLOTILHA SNIPE PPT

Confira as fotos do Churrasco da Flotilha de Snipe

Confira aqui fotos do Churrasco da Flotilha de Snipe em homenagem aos 75 anos do Jangadeiros, realizado no último sábado (4)

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Flotilha de Snipe homenageia os 75 anos do Jangadeiros no próximo sábado

A Flotilha de Snipe convida os associados e atletas do Clube para o churrasco que dá prosseguimento às comemorações dos 75 anos do Janga, no próximo sábado (4), às 19h, no Espaço Gourmet.

Será um grande momento para relembrar a vitoriosa história da Flotilha, que já levantou a taça de campeã em um terço dos campeonamentos brasileiros.  Faz parte da programação uma apresentação com fotos históricas e a exposição do barco Quero-Quero Snipe, vencedor do mundial de 1967, nas Bahamas, comandado por Nelson Piccolo e Carlos Henrique de Lorenzi, o Dedá.  Ingressos à disposição na Secretaria Esportiva na Escola de Vela pelo valor de R$30,00, com refrigerante incluído.

“Queremos mostrar a força do Snipe na história do Jangadeiros. A maior parte dos nossos grandes velejadores já passou pela classe.” Gabriel Kieling, capitão da Flotilha de Snipe.  

Jangadeiros recebe Prêmio Top100 Clubes

O Janga foi homenageado com o Prêmio Top100 Clubes, entregue pela Federação Nacional dos Clubes (FENACLUBE), que honra as associações formadoras de atletas e que têm maior representatividade em seus estados. Os clubes foram escolhidos pela contribuição significativa prestada à comunidade e sociedade, seja por meio de ações esportivas, sociais, culturais ou de lazer. O vice-comodoro administrativo do Jangadeiros, Pedro Pesce, foi até Campinas (SP) representar o clube no evento, na última semana.

“É uma honra e orgulho para o Jangadeiros ser lembrado pela Federação Nacional dos Clubes (FENACLUBE) como Top100 Clubes do País. É um ótimo reconhecimento para o trabalho que estamos desenvolvendo. Agradecemos ao presidente, Arialdo Boscolo, pelo destaque recebido”. Pedro Pesce

Mário Dubeux e João Kraemer são TOP10 no Mundial Master de Hobie Cat 16. Agora é a vez do Open

Nem o fuso-horário de 11 horas foi um empecilho para Mário Dubeux e João Kraemer, que ficaram no TOP10 do Campeonato Mundial Master de Hobie Cat 16, em Dapeng, na China. Agora, Mário formará dupla com Thaís Langer e João com Lawson Beltrame para a disputa do Mundial Open. Nossos atletas voltam às águas chinesas para as semi-finais na próxima quinta-feira (9).

Súmula: http://hobieworlds.com/results/

Breno Kneipp e Iam Paim são vice-campeões do II Campeonato Brasileiro da Classe 29er 2016

Após oito regatas disputas, a dupla Breno Kneip e Iam Paim terminou na segunda colocação, com 16 pontos, conquistando a medalha de Prata no II Campeonato Brasileiro de 29er, realizado em Búzios. Somando sete pontos, os campeões foram os paulistas Antonio Aranha e Fabio Galwanese, do Yatch Club Santo Amaro. Outras duplas do Janga também participaram da competição: Lorenzo Bernd e Nicolas Muller, ficaram em quinto lugar, com 32 pontos; Marcelo Bernd e João Tatsch, em sétimo, com 42. Devido a falta de ventos de hoje, as últimas 4 regatas não foram realizadas.

Parabéns ao atletas pelo ótimo resultado!

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Dia 25, Festa Junina no Janga!

Tempo de fogueira, pinhão e quentão no Janga. O Clube está em altos preparativos para a sua Festa Junina Arraial dos Jangadeiros.
Programa para sócios e seus convidados.

Em breve, mais notícias sobre o evento.

Jangadeiros participa com quatro atletas no Mundial de Hobie Cat 16

Quatro atletas do Jangadeiros já estão em solo Chinês, em Dapeng, para participar do Campeonato Mundial de Hobie Cat 16, que começa neste domingo (29) com 266 competidores de 16 países.

Na categoria Master, Mário Dubeux vai competir com João Kramer. E na Open, Mário terá ao seu lado a atleta Thais Langer, enquanto Lawson Beltrame une forças com João Kramer. A competição segue até 13 de junho.

 

Jangadeiros: uma história construída pelo amor de seus sócios

Da esquerda para direita: (atrás) Fernando Albuquerque, Sílvio Perez, Américo Haimel, Ralph Johnstone, Wagner Pereira, Paulo Renato Paradeda, Luiz Pejnovic, Luiz Landgraf, Waldemar Bier, Mario Teixeira e Bonífacio Rangel. (À frente) Kurt Keller,
Michael Weinschenck, Paulo Sérgio Paradeda, Luiz Carlos Lund, Arno Keller e Roberto Trindade.

Dezembro de 1941, quase 75 anos distante no tempo, é a data que deu início ao que hoje é o Jangadeiros. Embora idealizado por Leopoldo Geyer, o clube não é resultado de uma individualidade. Toda sua trajetória é marcada pela união daqueles que acreditaram em um projeto que nasceu como uma ideia ousada.

Sete décadas e meia depois, histórias não faltam para ilustrar o que a união e o amor de seus associados foi capaz de promover. Seja na força de manter uma tradição viva com passar dos anos ou no empenho de chegar mais longe pelo esporte, o Jangadeiros se tornou o local em que até uma improvável construção nasceu em meio ao Guaíba.

Uma churrasqueira dá início a uma tradição de mais de meio século

Pontualmente às 19h, começa mais um encontro do “Churrasco dos Piranhas”. Na pauta um pouco de futebol, uma pitada de política e muitas lembranças. Recordações de um tempo em que o clube não era nem sombra do que é hoje.

Pouco mais de meio século atrás, o Jangadeiros ainda não contava com uma churrasqueira para preparar as suculentas carnes assadas pelos competentes Silvio Perez e Mário Teixeira. Tudo mudou quando houve a troca na comodoria, conforme recorda Kurt Keller, um dos sócios mais antigos e também um apaixonado pelas histórias que viu surgir na beira do Guaíba.

“O Geraldo Linck foi convidado pelo Edgar Siegmann, por Edmundo Soares, por Cláudio Aydos e por mim para ser o comodoro da gestão de 60 a 62. Ele topou, mas com uma condição: que eu fosse seu vice-comodoro. Logo falei que precisávamos de um tesoureiro, um cara que mexesse com dinheiro. Foi então que convidamos o Eduardo Aaron, que veio do Iate Clube Guaíba”, lembra Keller.

Assim como Link, Aaron aceitou o convite prontamente, mas também com um porém: era preciso escolher uma data fixa e realizar um churrasco todas as semanas, sempre no mesmo dia e sem desculpas. Mas ainda faltava um elemento fundamental para fazer esse encontro acontecer: a churrasqueira.

Nada que um esforço conjunto não fosse capaz de dar conta. Cada sócio contribuiu um pouquinho para que, enfim, o tão sonhado churrasco pudesse acontecer. Pronto, estava criado o hoje tradicional “Churrasco dos Piranhas”, que já dura 56 anos sem falhar uma terça-feira sequer. Não há tempo ruim capaz de cancelar o encontro.

Mais uma prova da importância que o Jangadeiros ganha na vida de seus frequentadores. Além de um espaço de lazer e descontração, o evento se tornou um motivo para celebrar e fortificar amizades, algumas delas com duração de décadas.

A programação é sempre a mesma: toda segunda-feira pela manhã, Neni – como Keller é conhecido pelos demais sócios – manda um e-mail para os amigos, perguntando quem vai ao encontro. Dez, vinte, trinta confirmam e a quantidade de carne é comprada com todo o cuidado.

Uma ilha construída pedra a pedra

Entre uma interrupção e outra do sócio Luiz Pejnovic, que auxilia o assador servindo pedaços de salsichão, costela e vazio, Keller continua relembrando histórias do Jangadeiros, que também contam um pouco de sua vida.

“Sou sócio desde 7 de dezembro de 1941, data de fundação do Clube. Quando Leopoldo Geyer inaugurou o trapiche, ainda em janeiro de 1942, eu e meu irmão estávamos ao lado do muro, pouco mais de uma cabeça acima dele. Atrás de nós estava Cláudio Aydos. Meu irmão está com 82 anos, eu faço 80 na semana que vem e o Cláudio tem 87. Nós somos os três mais antigos do Jangadeiros”.

Quem chega ao Jangadeiros hoje em dia e vê aquela ilha imponente pode até não saber, mas ela nem sempre esteve por ali. Como tudo no Clube, foi construída com muito amor, conta Neni, com os olhos marejados e apontando para o seu próprio coração. É resultado de uma tarefa árdua e exaustiva.

“Era tudo, tudo no braço. Nós fizemos essa ilha trabalhando todas as terças-feiras. Seu Dorival levava uma chapa que nós conseguimos emprestada. Ela era encostada na pedreira e os trabalhadores carregavam com pedra. Na sexta-feira à noite, Dorival ia buscar e amarrava entre duas estacas. No sábado e domingo, íamos em grupo eu, Edmundo Soares e Geraldo Linck e descarregávamos uma a uma com a mão. As pedras afundavam e tu não via mais, porque elas caiam, rolavam e ficavam como uma pirâmide”, relembra em detalhes.

A construção continuaria nesse ritmo por décadas não fosse a chegada de um engenheiro, responsável por apresentar uma técnica inovadora e mais rápida. Por meio de um tecido, feito de material sintético, o protótipo estrangeiro conseguia conter o aterro sem a necessidade de colocação de brita. Tudo com alta durabilidade, sem apodrecer. Mais tarde, o teste seria implementado em diversas outras ilhas naturais.

Depois de 15 anos, a estrutura ficou pronta e o resultado não poderia ser melhor. Hoje denominada oficialmente Ilha dos Jangadeiros Geraldo Tollens Linck, homenageando um dos responsáveis pela sua construção, o complexo é um grande centro das atividades do clube. Com cerca de sete hectares de área, esse cartão postal possui instalações capazes de garantir o seu perfeito funcionamento e encantar a todos a cada fim de tarde.

Um canhão holandês em terras gaúchas

DSC_1214siteMas não apenas a ilha foi construída de pedra em pedra. Toda a história do Jangadeiros de encontros que se sucederam ano após ano, pouco a pouco. Um deles aconteceu em uma regata da Escola Naval e colocou integrantes do clube em contato com o então capitão de fragata Maximiano Eduardo da Silva Fonseca.

“Ele teria que passar à capitão de mar e guerra, a contra almirante, a vice-almirante, a almirante de esquadra e depois teria que ser escolhido pelo presidente como ministro. Esse cara conseguiu todas essas promoções, foi até à Escola Naval, tirou o canhão de dentro d’água e mandou para o Jangadeiros”, conta Neni na companhia do sócio Roberto Munhoz, que ajuda a relembrar os detalhes.

O canhão dado como presente é um modelo holandês, que costumava fazer parte da fachada da Escola Naval da Ilha de Villegagnon e ficava no acesso frontal para a entrada da Baía de Guanabara. Hoje apoiado em um carrinho de madeira, ele é parte do Jangadeiros e mais uma das histórias que ajudaram a construir a trajetória de 75 anos do clube.

Primeiro Mundial de Vela realizado no Hemisfério Sul

E por falar em histórias, não dá para pensar no Jangadeiros e não lembrar da relação do Clube com os esportes náuticos. Fernanda Oliveira, atleta revelada aqui e que neste ano disputa os Jogos Olímpicos 2016 na classe 470 da vela, é um dos exemplos mais icônicos, mas está longe de ser o único.

Afinal, a ligação com o universo esportivo não vem de hoje. Se difundir e expandir a prática do iatismo na capital gaúcha era um dos objetivos de Geyer desde o início, em 1959 o clube teve a honra de receber o Campeonato Mundial de Vela e chegar mais perto desse sonho.

“Eu disse para os organizadores da Classe Snipe que nós iríamos fazer o campeonato 20 barcos iguais ao meu, o que foi aprovado. Nós não só os construímos como toda a competição foi um sucesso completo. Isso tudo a gente fez por amor ao clube”, recorda Keller enquanto outros sócios se aproximam para oferecer um pedaço de carne recém saído da churrasqueira.

Aliás, amor ao clube é o sentimento que parece resumir os 75 anos do Jangadeiros e a relação com seus associados, desde os mais antigos até os recém chegados. É uma lição que passa de uma geração para a outra e ajuda a tornar o que era apenas sonho em um dos maiores clubes náuticos da capital gaúcha, além de uma referência no Brasil.

Atleta olímpica Fernanda Oliveira vai carregar a tocha olímpica no Rio Grande do Sul

Já está confirmado, a atleta olímpica da vela, Fernanda Oliveira, foi escolhida pelo governo do Rio Grande do Sul para carregar a tocha olímpica no dia 8 de julho, em Esteio. A gaúcha começou a velejar no Clube, em uma colônia de férias aos 11 anos. A partir daí exibe uma coleção de títulos que orgulha o Brasil, o Rio Grande do Sul e o seu clube de origem. É 18 vezes Campeã Brasileira (1996, 1999 a 2015). Neste ano, irá comemorar a sua quinta participação em Jogos Olímpicos(Sydney/2000, Atenas/2004, Pequim/2008 e Londres/2012). Nos Jogos de Pequim, foi a primeira brasileira a conquistar uma medalha (Bronze) na vela na modalidade feminina. Veleja na classe 470 com a parceira Ana Barbachan desde final de 2009. Entre janeiro e maio deste ano, a dupla trouxe para o País seis títulos internacionais:

– Campeãs do Campeonato Norte-Americano de 470, em Miami;

– Prata no Trofeo Princesa Sofía, em Palma de Mallorca, na Espanha;

– Prata na etapa de Hyères da Copa do Mundo de Vela, na França;

– Bronze da Etapa da Copa do Mundo de Miami;

– Bronze no Campeonato Europeu de 470, em Palma de Mallorca, Espanha;

– 4º lugar no Campeonato Mundial de 470, em San Isidro, na Argentina;

– 6º lugar no Campeonato Sulamericano na Argentina.

Em 2015, as atletas chegaram ao lugar mais alto do pódio na Etapa de Hyàres da Copa do Mundo, na França e, em 2014, foram campeãs no Campeonato Sul-Americano, disputado no Rio de Janeiro, e ainda campeãs da Coach Regatta, na Espanha, entre muitos outros títulos.