JANGA NEWS – ED. 24/2025 (13/06)

Da Escola de Vela à campanha olímpica: Guilherme Plentz representa o Jangadeiros no iQFoil

O velejador Guilherme Plentz, 24 anos, formado no Clube dos Jangadeiros, está em plena campanha olímpica pela classe iQFoil — uma das mais recentes e velozes da vela. Representando o Brasil em competições internacionais, o atleta embarca em julho para o Mundial da modalidade, na Dinamarca, considerado o primeiro grande evento do novo ciclo rumo aos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028.

Raízes no Jangadeiros

A história de Guilherme com a vela começou, como tantas outras, na Escola de Vela Barra Limpa. Filho de velejador, quando criança passava os finais de semana no clube entre amigos, jogando bola e subindo em árvores, até que foi influenciado pela turma a participar do Jangadinha. “Comecei com sete para oito anos. Desisti no inverno, voltei depois. No início, fiquei por conta dos amigos, mas os resultados vieram rápido. Aos 12, percebi que talvez eu fosse bom nisso”, relembra.

No Optimist, participou de campeonatos, e depois passou também por diferentes classes — Snipe, 29er, 420 e Laser — até descobrir seu talento nas pranchas. Um dos marcos em sua trajetória foi o apoio da atleta olímpica Patrícia Freitas, que o acolheu em um período decisivo. “Ela me emprestou todo o material, que era caríssimo, e disse: ‘Só quero que você treine’. Aquilo mudou tudo”.

A partir daí, Guilherme não parou mais. Aos 17, mudou-se para Búzios (RJ) para treinar e se classificou para o Mundial da Juventude e para a Olimpíada da Juventude. Quando já se consolidava na RS:X, a classe foi substituída pelo iQFoil, prancha com tecnologia de foil que parece sobre a água e exige alto desempenho. Com isso, vieram novos desafios — inclusive físicos: precisou ganhar quase 20 quilos para competir em igualdade com os adversários.

Campanha olímpica e desafios atuais

Com o início do ciclo olímpico 2025-2028, Guilherme mira uma vaga em Los Angeles. Apesar de não ter se classificado para Paris 2024, ele segue na elite da modalidade e hoje consegue manter o circuito internacional graças a patrocínios viabilizados pela Lei de Incentivo ao Esporte. “Treinei na Holanda, competi na Espanha e agora vou para o Mundial da Dinamarca, que define muito do que será esse ciclo: apoios, equipes, ranqueamentos.”

O objetivo no Mundial é claro: chegar à flotilha ouro, a elite da competição. “Ainda estou um pouco atrás, mas com todo esse treinamento, acho que é possível. Esse campeonato vai ser muito importante para minha moral e para definir apoios.”

Formação que vai além da vela

Para Guilherme, a vela é muito mais do que esporte. “O Optimist me ensinou muito cedo sobre esforço, responsabilidade, hierarquia. Quando você começa a se esforçar e vê que os resultados vêm, isso dá um senso de meritocracia muito importante.”

Guilherme é um dos grandes nomes do país na iQFoil e segue como um exemplo inspirador de como o Clube dos Jangadeiros forma atletas — e pessoas — que vão muito além da raia. Que venham os ventos da Dinamarca!

É amanhã! Participe da reinauguração do campo de futebol 

Neste sábado (14), haverá uma atividade esportiva para meninos e meninas entre 12 e 15 anos, coordenada por um educador físico, das 10h às 12h. À tarde, o local  ficará à disposição dos demais associados. 

O campo  foi muito danificado em razão  da enchente de 2024. Para retomar o espaço, o Jangadeiros criou uma drenagem, está recuperando o gramado, fazendo o nivelamento adequado e seguirá trabalhando em  melhorias. 

  • Quando? Neste sábado (14/06) 
  • Das 10 às 12h

Esperamos vocês!

“Estar dentro do mar é estar mais próximo do infinito”: vice-comodoro relata trajetória de Itajaí a Rio Grande a bordo do navio-veleiro Cisne Branco, da Marinha do Brasil

O atual Vice-Comodoro de Desenvolvimento e Marketing, João Pedro Wolff, participou de uma aventura entre os dias 7 e 10 de junho: fez a travessia de Itajaí (SC) até Rio Grande (RS) a bordo do histórico navio-veleiro Cisne Branco, da Marinha do Brasil. 

Leia, abaixo, em suas próprias palavras, o relato de como foi a experiência:

“Existe uma teoria de que os furacões no Caribe começam com o bater de asas de uma borboleta no Saara. Os vórtices produzidos por esse movimento seriam o início de um fenômeno gigantesco a milhares de quilômetros. A partir dessa reflexão, é difícil descrever, em poucas linhas, tanto a vivência que tive no navio-veleiro Cisne Branco, da Marinha do Brasil, na travessia de Itajaí a Rio Grande, entre os dias 7 a 10 de junho, quanto a sucessão de eventos que me trouxeram até este momento.

A decisão de aceitar o desafio da Vice-Comodoria de Desenvolvimento e Marketing dá para dizer que foi o movimento inicial, lá em 2023, junto com uma “carona” que dei no meu veleiro ao comandante da Capitania dos Portos de Porto Alegre no retorno de um aniversário. A conversa no cockpit e a posterior interação com o comandante Firmino, junto com a impossibilidade de participação de Cristiano Tatsch, em função de uma viagem na data da travessia, me conduziram a esta experiência – que, para quem navega, é única. O que não estava muito de acordo era a previsão do tempo, que por sorte do destino foi muito melhor do que a prevista.

O navio-veleiro Cisne Branco foi colocado em serviço há 25 anos, pesa 1.100 toneladas e tem  um motor Caterpillar V8 de 1000 hps, modelo clipper, com três mastros. Nesta viagem, contava com uma tripulação de 54 pessoas e mais oito convidados.

Conseguimos navegar com velas por 40 minutos na saída. Depois, foi só motor e vento na cara. A velocidade ficava entre 5,5 e 7,0 nós. Apesar da potência do motor, a mastreação atrapalha bastante contra o vento. Viemos com vento aparente entre 15 e 25 nós contra, o tempo todo. Mesmo tendo este peso, sacudiu bastante, tornando atividades simples, como as refeições e os banhos, uma ginástica e tanto.

Mas estar dentro do mar, para mim, sempre é estar mais próximo do infinito e conectado ao universo. Que ótima a sucessão de ‘coincidências’ que me trouxeram até aqui”.

Atleta do Jangadeiros integra equipe brasileira que conquistou vitória inédita no SailGP

Créditos da foto: @mubadalabrasailgp Instagram / Reprodução

O Clube dos Jangadeiros tem um motivo especial para comemorar: o velejador Breno Kneipp, formado no clube, fez parte da tripulação do Mubadala Brazil SailGP Team que conquistou uma vitória inédita para o Brasil na competição internacional SailGP, considerada a “Fórmula 1 da vela”. A conquista ocorreu no último final de semana (7 e 8 de junho), nas águas do rio Hudson, em Nova York, nos Estados Unidos.

A etapa nova-iorquina marcou não apenas a primeira vitória brasileira em uma regata do SailGP, mas também um feito histórico para a modalidade: foi a primeira vez em que uma mulher comandou uma equipe campeã na competição. Martine Grael, bicampeã olímpica e capitã do barco brasileiro, entrou para a história ao liderar a tripulação — da qual Kneipp fez parte — ao topo do pódio na primeira corrida do domingo.

Breno, que iniciou sua trajetória esportiva no Jangadeiros, é hoje um nome em ascensão na vela de alta performance e representa com orgulho o DNA formador do clube. Sua atuação ao lado de nomes consagrados reforça a excelência da base do Jangadeiros na formação de atletas para o cenário mundial.

A vitória na etapa de Nova York consolidou o bom momento da equipe brasileira no campeonato, levando o time à 4ª colocação geral, com a melhor pontuação na temporada: 34 pontos. A próxima parada do Mubadala Brazil SailGP Team será nos dias 19 e 20 de julho, em Portsmouth, no sul da Inglaterra.

Regata de Monotipos e Regata Sai de Casa: confira os resultados do último final de semana

O Clube dos Jangadeiros realizou, no último final de semana, a quarta etapa da Regata Sai de Casa e mais uma edição da Regata de Monotipos (classe Soiling).

Confira os resultados completos das competições nos links abaixo:

Os destaques do Jangadeiros na Regata de Monotipos de Snipe

Também foi realizada, no último final de semana, a Regata Monotipos da Classe Snipe no Veleiros do Sul. A competição reuniu 14 duplas de velejadores em cinco categorias diferentes: Sênior, GRAN Master, Master, Junior e Dupla Mista.

Confira, abaixo, os destaques do Jangadeiros:

CATEGORIA JUNIOR

  • 1º lugar – Francisco Dal Ri e Felipe Kath
  • 2º lugar –  Marco Antonio Raymundo e Gustavo Coronel

CATEGORIA MASTER 

  • 1º lugar – Rodolfo Hecher e Anderson de Oliveira

CATEGORIA SÊNIOR

  • 3º lugar – Átila Pellin e Leonardo Anzolch
  • 4º lugar – Caio Pantoja e Henrique Bellos

CATEGORIA DUPLA MISTA 

  • 4º lugar – Lucas Mazim e Luciana Figueiredo