Vice-comodoro relata trajetória de Itajaí a Rio Grande a bordo do navio-veleiro Cisne Branco, da Marinha do Brasil
O atual Vice-Comodoro de Desenvolvimento e Marketing, João Pedro Wolff, participou de uma aventura entre os dias 7 e 10 de junho: fez a travessia de Itajaí (SC) até Rio Grande (RS) a bordo do histórico navio-veleiro Cisne Branco, da Marinha do Brasil.
Leia, abaixo, em suas próprias palavras, o relato de como foi a experiência:
“Existe uma teoria de que os furacões no Caribe começam com o bater de asas de uma borboleta no Saara. Os vórtices produzidos por esse movimento seriam o início de um fenômeno gigantesco a milhares de quilômetros. A partir dessa reflexão, é difícil descrever, em poucas linhas, tanto a vivência que tive no navio-veleiro Cisne Branco, da Marinha do Brasil, na travessia de Itajaí a Rio Grande, entre os dias 7 a 10 de junho, quanto a sucessão de eventos que me trouxeram até este momento.
A decisão de aceitar o desafio da Vice-Comodoria de Desenvolvimento e Marketing dá para dizer que foi o movimento inicial, lá em 2023, junto com uma “carona” que dei no meu veleiro ao comandante da Capitania dos Portos de Porto Alegre no retorno de um aniversário. A conversa no cockpit e a posterior interação com o comandante Firmino, junto com a impossibilidade de participação de Cristiano Tatsch, em função de uma viagem na data da travessia, me conduziram a esta experiência – que, para quem navega, é única. O que não estava muito de acordo era a previsão do tempo, que por sorte do destino foi muito melhor do que a prevista.
O navio-veleiro Cisne Branco foi colocado em serviço há 25 anos, pesa 1.100 toneladas e tem um motor Caterpillar V8 de 1000 hps, modelo clipper, com três mastros. Nesta viagem, contava com uma tripulação de 54 pessoas e mais oito convidados.
Conseguimos navegar com velas por 40 minutos na saída. Depois, foi só motor e vento na cara. A velocidade ficava entre 5,5 e 7,0 nós. Apesar da potência do motor, a mastreação atrapalha bastante contra o vento. Viemos com vento aparente entre 15 e 25 nós contra, o tempo todo. Mesmo tendo este peso, sacudiu bastante, tornando atividades simples, como as refeições e os banhos, uma ginástica e tanto.
Mas estar dentro do mar, para mim, sempre é estar mais próximo do infinito e conectado ao universo. Que ótima a sucessão de ‘coincidências’ que me trouxeram até aqui. Passo algumas imagens que valem mais do que mil palavras”.
Confira fotos da viagem: